Dourado e o BBB moleque e irreverente
O quarto paredão do Big Brother Brasil foi antológico. Alex, Fernanda e Eliéser foram os indicados. Porém, Dourado finalmente teve a oportunidade de usar o "Poder Supremo". Ele e Fernanda foram os dois mais votados pela casa. Só que o lutador aproveitou a deixa e fez valer os seus direitos e colocou Elilerdo no Paredão.
Ver os rostos embasbacados dos demais participantes foi uma daquelas coisas que não tem preço. A casa literalmente caiu. Dourado ainda tripudiou dizendo algo como: "bem-feito para quem votou em mim". E ficou rindo à toa. Ainda mais por que deixou claro que a dádiva foi entregue de presente pelo público.
Se o BBB 10 fosse composto de pessoas com formação cromossomial específica, a conclusão lógica dos participantes seria: "bem, se o público elegeu o Dourado, isso significa que ele é forte fora da casa". Mas não foi isso o que aconteceu a maioria resolveu teorizar sobre o que teria levado os telespectadores do programa a cometer tamanha sandice. Maroca Marrenta disse que o público estava votando em um pessoa do mal ao invés de votar em uma pessoa do bem, ou seja, ela mesmo. Constrangedor foi pouco. A policial estava irritadíssima ao descobrir que não era a favorita do público.
Em tempo, Fernanda Protética era o anjo e imunizou Lia Favelada. A barraqueira é de longe um dos personagens mais detestáveis do jogo. E na base da pressão consegue impor sua vontade. Como o restante do elenco é absurdamente apático - só falta uma baba elástica e bovina pendendo do canto da boca - ela segue escapando do paredão.
Aliás, essa é a grande diferença de Marcelo Dourado para os demais participantes. Ele é de um outro tempo. Afinal de contas, há uma década o programa está no ar. Em uma época distante, os escolhidos para o BBB não tinham medo de queimar o filme em rede nacional.
Era o BBB moleque e irreverente. Dourado pertence a esta geração. E está na frente por ser autêntico em um BBB repleto de falsidade e dissimulação. Agora, só restaram candidatos profissionais e pragmáticos. Dourado lembra um época na qual o Big Brother Brasil era um programa divertido. E um pouco de nostalgia não faz mal a ninguém...
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