A crise no Grêmio e o Gol de Nilmar

O Campeonato Brasileiro de 2009 começou. Mas ninguém viu. O mundo inteiro estava prestando atenção no gol do atacante do Inter, Nilmar. Verdade seja dita, foi mesmo um golaço. Claro que era contra o time reserva do Corinthians, mas quem se importa? Enquanto isso o Grêmio empatava no Estádio Olímpico em 1 a 1 com o Santos. Pode ser o indício de uma crise?

Como crise tem preferência, a ZeroZen começa analisando a partida entre Grêmio e Santos. Em primeiro lugar, o tricolor gaúcho não jogou bem. Mesmo assim, ficou nítido que tem muito mais time, muito mais bala na agulha, muito mais café no bule do que a equipe comandada por Vagner Mancini. Por isso, o 1 a 1 tem de ser mesmo lamentado pelos gremistas.

O ataque tricolor continua perdendo gols em profusão. Aliás, diga-se de passagem, por que os jogadores ainda passam a bola para o Jonas? O certo é apostar todas as fichas em Maxí Lopez. O argentino segue sendo mais perigoso do que o partícula expletiva deslocada da equipe.

Curiosamente, o primeiro gol do Grêmio no campeonato veio de um zagueiro e só saiu no segundo tempo. Aos 31min, Réver dominou a bola pelo lado esquerdo do ataque, driblou a marcação e tocou rasteiro, no canto direito. Gol de centroavante. Tirem o Jonas do ataque e botem o Réver!

Parecia que a vitória estava encaminhada. Mas o Grêmio seguiu atacando. Erro do técnico Marcelo Rospide. Era preciso tirar o centroavante e escalar mais um zagueiro. O Santos, porém, teve mais sorte do que juízo e empatou aos 40min. O colombiano Molina cobrou falta da intermediária, por cima da barreira, e acertou o ângulo esquerdo de Victor. Um belo gol. Vale notar que Molina pode cobrar 245.309 faltas do mesmo lugar e não vai acertar outro chute tão preciso.

Como resultado, o empate foi injusto. Mais uma vez Vagner Mancini atrapalha as pretensões gremistas. É realmente um sujeito chato. Só não consegue vencer o Celso Roth neste quesito. Será o Grêmio está em crise? Marcelo Rospide deixou os 100% de aproveitamento. Empatou a primeira partida. É começo da decadência?

Mas e o gol do Nilmar? Pode perguntar o arguto Zeronauta. Bem, foi mesmo um golaço, um gol de placa. Verdade seja dita, ele é único craque do time do Inter. Às vezes perde gols não por falta de categoria, mas por ser um esteta do futebol. Nilmar precisa marcar gols memoráveis. E contra o Corinthians fez um antológico. Merece uma vaga na seleção? Claro. Mas só se na Copa do Mundo as outras seleções escalarem as defesas reservas...

Jarbas Schier