Grêmio tanto se esforçou para perder a Libertadores que conseguiu

Durante toda Libertadores 2009 o Grêmio insistiu em desafiar o óbvio. Demitiu o seu treinador, ficou disputando boa parte do torneio com um técnico interino, trouxe um novo técnico que resolveu mudar o esquema tático em meio a competição. É desafiar a sorte até o limite do absurdo.

Em um jogo equilibrado, o Grêmio empatou em 2 a 2 com o Cruzeiro no Estádio Olímpico pela segunda partida da semifinal da Libertadores. O time mineiro saiu na frente e marcou dois gols no primeiro tempo. Ambos marcados por Wellington Paulista. Vale notar que foram as únicas duas chances da equipe de Adilson Batista. O Grêmio voltou melhor no segundo tempo. Revér e Souza descontaram para o tricolor gaúcho.

A verdade é que o Grêmio tanto se esforçou para perder a Libertadores 2009 que finalmente conseguiu. Não se pode ganhar uma competição desse nível mudando de técnico e de esquema tático. É simples assim. De quem é a culpa? Bem, ao que tudo indica a direção gremista errou feio.

A impressão que se tem é que os dirigentes gremistas nunca botaram muita fé no título da Libertadores. Por isso, a lentidão em arranjar um substituto para Celso Roth. Embora seja difícil de acreditar, os comandantes tricolores decididamente não deram a devida importância ao torneio.

Porém, contra tudo e contra todos o Grêmio seguiu na competição. Eliminou todos os adversários sem maiores dificuldades. Então os dirigentes gremistas começaram a se preocupar. Só que aí já era tarde demais.

O Cruzeiro mereceu a classificação. Jogou melhor no Mineirão, criou uma vantagem difícil de ser batida e teve mais sorte do que juízo no Olímpico. Mas fica um aviso: o Estudiantes não é um time tão fraco como a imprensa vem alertando e o time mineiro não é tão bom quanto pensa.

Jarbas Schier