Gre-nal no Uruguai = outro fiasco colorado no exterior

O primeiro Gre-Nal fora do Brasil teve um futebol horrível, péssimo, lamentável. Ambas equipes levaram times reservas para Rivera, no Uruguai, a inacreditáveis 500km de Porto Alegre. Mas nada disso importa. O que vale são os três pontos. E o Grêmio venceu - de forma merecida e inapelável - o maior clássico gaúcho disputado no estádio Atilio Paiva.

É lógico que a torcida colorada nem se importou com o resultado. É o Inter B, dizem cheios de empáfia. Bem, na hora de relembrar o Gre-Nal 384 ninguém vai estar ligando para a escalação. Eram as camisas de Grêmio e Inter em campo. E isso é o que realmente importa. O tricolor gaúcho venceu o primeiro clássico realizado no exterior. E fim de papo.

O tricolor gaúcho foi superior em quase todo primeiro tempo. Deu um balho de bola. Teve as melhores chances para marcar. Mas houve uma espécie de imprevisto irritante. Não importa se é Grêmio A, B ou C. Bola alçada na área é um terror. Aos 38 minutos, Marquinhos cobrou escanteio. Guto subiu livre e cabeceou para as redes. Em hipótese alguma o gol colorado mostrava o que estava acontecendo na partida.

O time treinado por Roger - Renato Portaluppi ficou em casa vendo o jogo pela tevê - se perdeu. Ficou completamente abatido. Por sorte, a incompetência colorada seguiu a mesma de sempre. A partida se arrastou até o final do primeiro tempo, que terminou com um melancólico e injusto 1 a 0.

Mas na etapa complementar, tudo mudou. Aos oito minutos, Maylson cruzou, Weslley cabeceou e o goleiro Muriel fez um milagre e salvou o Inter. Mais incrível: com o gol vazio, Diego Clementino acertou o travessão, a bola bateu na linha do gol, mas não entrou.

Somente aos 13 minutos tudo começou a voltar ao normal. Bruno Collaço cobrou falta perto da área. A bola passou colocada pela barreira e pegou o goleiro Muriel no contrapé. Sim, com o perdão do trocadilho, foi um Collaço! A partir daí foi um massacre gremista. E como se sabe ninguém perde gols como o Grêmio. Por isso, a vitória só surgiu aos 28 minutos.

O glorioso Nathan deu uma rosca monumental. Como resultado deixou Lins, que veio do Criciúma, na frente de Muriel. Ele só o trabalho de tocar - com categoria - no canto direito do goleiro. Finalmente o Gre-nal passou a fazer sentido. O placar de 2 a 1 foi pouco. Deveria ter sido uma goleada histórica. Infelizmente, a equipe gremista seguiu desperdiçando uma oportunidade atrás da outra. Mas até o apito final de Márcio Chagas, o gol de Marcelo Grohe foi pouco ameaçado. Agora, o Tricolor alcança 11 pontos no Grupo 2. Já o Inter estaciona nos nove pontos, na Chave 1 do Gauchão.

Em tempo, as provocações entre as torcidas foram inevitáveis. Os colorados gritavam: "Ronaldinho! Ronaldinho!", enquanto os gremistas respondiam com "Mazembe, Mazembe!". Depois a torcida do Inter respondia: "Jonas! Jonas!" e os tricolores davam o troco berrando: "Kidiaba! Kidiaba!". Ou seja, as duas cornetas dos colorados só aconteceram por incompetência da direção gremista. O Inter fracassou dentro do campo, o Grêmio errou fora das quatro linhas.

Jarbas Schier

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