Vitória no Gauchão, terror na Libertadores

Certo, o Grêmio ganhou do Cruzeiro-POA. Uma vitória na raça e superação. A equipe treinada por Renato Portaluppi venceu pelo placar de 3 a 2 e garantiu vaga na final do Taça Farroupilha. O problema é que o gramado sintético do Estádio Passo D'Areia vitimou o goleiro Victor. E agora? Como fica a Libertadores?

Pois é... O goleiro Victor voltou a sentir uma lesão no ombro aos 35min do primeiro tempo e foi substituído por Marcelo Grohe. Vai ficar fora do time por um mês. O craque tricolor não joga a próxima fase da Libertadores e nem mesmo o Gauchão. Então, de que adianta levar as decisões para os pênaltis?

De qualquer forma, o Grêmio conseguiu a classificação com justiça. Depois de um primeiro tempo equilibrado, o atacante Leandro voltou a fazer a diferença. Aos 40min, invadiu a área, driblou o zagueiro e tocou no canto direito do goleiro Fábio.

Nem deu para comemorar direito, pois na volta do intervalo, justamente no primeiro minuto, houve uma falta. Nem precisa dizer que o Cruzeiro resolveu levantar a bola na área. Pronto. Mais um desastre gremista. Claudinho subiu mais que todo mundo e cabeceou para o fundo da meta de Marcelo Grohe.

Com a vantagem, os gremistas partiram para cima. Adílson, de longe, carimbou o travessão e animou ainda mais a torcida. A segunda etapa começou de forma alucinante. Logo no primeiro minuto, Claudinho subiu mais que todo mundo e, após cobrança de falta, cabeceou para o fundo da meta de Grohe.

Só que o Cruzeiro também não pode nem ir beber no bar e sair se vangloriando. Aos seis minutos, Willian Magrão resolveu arriscar um chute de longe. A bola teve o famoso efeito "pebolim" e desviou na zaga, o que acabou enganando o goleiro Fábio. Um gol realmente esquisito, mas que também vale.

O Cruzeiro poderia ter desistido do jogo, poderia ter sentido o golpe, mas não foi isso o que aconteceu. Passou a usar a arma secreta de todo time que enfrenta o Grêmio: jogar a bola na área. Mais uma vez deu certo. Aos 16min, Márcio cruzou e Léo Maringá testou - complemente livre - para deixar novamente tudo igual no placar.

É absurdamente óbvio e previsível que o tricolor gaúcho vai levar um gol de bola aérea em todos os jogos que disputa. É absurdamente óbvio e previsível que esse tipo de deficiência pode custar uma Libertadores. E o Victor ainda se machuca. Arre, como diria o Capitão Rodrigo...

De qualquer maneira, a justiça foi feita no Estádio Passo D'Areia. Aos 29min, Fábio Rochemback bateu falta e o zagueiro Rafael Marques entrou de carrinho empurrando a bola para o fundo das redes. Depois do 3 a 2 foi só esperar o tempo passar. E vai ter Gre-nal. O Inter de Falcão segue igual ao de Roth. Não joga nada, não tem esquema tático e sobrevive na base das individualidades. Só que quem precisa disso quando o adversário é o Juventude?

Jarbas Schier

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