Um final melancólico na Libertadores

E o Grêmio está fora da Libertadores. Só que não saiu sozinho. Inter, Cruzeiro e Fluminense também deram vexame. Somente o Santos de Muricy Ramalho segue em frente na competição. Por que aconteceu esse desastre? Simples. As equipes brasileiras resolveram jogar no ataque. Só que a retranca é a alma dessa competição.

O tricolor perdeu por 1 a 0. Jogou melhor o tempo inteiro, mas tomou um gol de contra-ataque aos 41 minutos do segundo tempo. E, adivinha, outra vez uma bola aérea. De qualquer forma, o Inter também está fora da Libertadores. Perdeu em casa para o Peñarol do Uruguai por 2 a 1. E ainda foi de virada. Mais um fiasco espetacular. Típico de uma equipe que conseguiu o prodígio de perder para o Mazembe.

Vale repetir. O Inter fez tudo, mas tudo mesmo, para perder a Libertadores do ano passado. Foi um festival de incompetência. E, apesar de tudo, se sagrou campeão. É muita sorte. Deve levar muito tempo para que um fenômeno tão bizarro aconteça de novo. Desta vez, o colorado perdeu por sua arrogância e prepotência. Além, da mais completa falta de um esquema tático.

O mesmo problema atingiu o Cruzeiro. O famoso vírus DIG (Delírio de Injustificada Grandeza) atacou com força a equipe treinada por Cuca. Toda a impressionante campanha do time mineiro foi obtida contra equipes fracas. Ou seja, não era tão impressionante assim. Foi só enfrentar um time minimamente organizado que as coisas desandaram.

O caso do Fluminense é diferente. A equipe carioca não deveria sequer estar nessa fase. Escapou milagrosamente da eliminação. Mas finalmente foi feita a justiça. Tomou um chocolate do Libertad do Paraguai. Levou 3 a 0 e ainda foi pouco. Já o Santos seguiu em frente graças a boa e velha retranca. Sim, Muricy Ramalho não é bobo. Garantiu um 0 X 0 consagrador com o América do México e seguiu em frente na Libertadores.

Em tempo, se você quer escolher um culpado pela desclassificação do Grêmio não culpe o técnico Renato Portaluppi, o departamento médico ou mesmo o Milton Neves. Sim, o problema é que a direção tricolor não entendeu a dimensão da Libertadores. Agora, depois do final melancólico na Libertadores, tudo é Gre-nal.

Jarbas Schier

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