A retranca acabou? Esqueceram de avisar o Paraguai...
A moda agora é jogar no ataque. Todos os treinadores querem empilhar atacantes para o gáudio dos amantes do futebol ofensivo. Times como o Barcelona, dizem os pascácios, decretaram a morte da retranca no futebol. Pois é... Só esqueceram de avisar o Paraguai. A seleção guarani eliminou o Brasil da Copa América nos pênaltis. Após sustentar um glorioso 0 a 0 por 120 minutos.
Revoltados com o resultado, os comentaristas de um modo geral chamaram a desclassificação de ridícula. A ZeroZen chamaria de previsível. Esse time ofensivo foi pedido - sem exceção - pela tacanha mídia esportiva. E deu no que deu.
Claro, os idiotas da objetividade vão argumentar: mas o Brasil jogou melhor. Errado. Quem jogou melhor segue na competição. O Paraguai sabia que não tinha time para ganhar e jogou para não perder. Isso não é covardia: é inteligência. Há uma grande diferença. E no quesito defensivo o Paraguai foi brilhante. O goleiro Justo Villar fez pelo menos três defesas brilhantes.
O detalhe irônico é que a Seleção fez uma das melhores partidas da era Mano Menezes. O Brasil finalizou 19 vezes, contra apenas quatro dos paraguaios. Os erros do técnico foram poucos, mas fatais. Pato é um segundo atacante e Neymar também. Ou seja, não são centroavantes de área. Fred, mesmo sentindo o peso da idade, deveria ser titular. Ganso é o jogador ideal para entrar quando o Brasil estiver ganhando de 4 a 0 da Zâmbia. Assim, ele pode cadenciar o jogo à vontade. Já Lucas, do São Paulo, definitivamente merece uma chance como titular.
Quanto à cobrança de penalidades, essa foi histórica. Sempre se disse que um pênalti é loteria. Pois bem, o Brasil de Mano Menezes não acertou nenhum palpite. Terminou com o cartão em branco. Sim, foram quatro cobranças e quatro erros. Ridículo. Muito ridículo. E nem deu para o Neymar errar o seu, já que o atacante santista tinha sido substituído.
Para a sorte do Brasil, a Argentina também ficou no meio do caminho. Perdeu nos pênaltis para o Uruguai. Messi melhor jogador do mundo? Só se for no Barcelona. Enfim, o Paraguai segue em frente junto com a Larissa Riquelme, que além do carisma enorme, imenso, incomensurável, é mesmo pé-quente.
P.S.: Um aviso para a CBF, se não der para contratar o Muricy Ramalho até a Copa, o Celso Roth continua sem time...
