Grêmio é o novo coelho da Páscoa?

Então é isso. O Grêmio resolveu presentear os times gaúchos com um chocolate atrás do outro. Até a primeira partida da final do campeonato, o Brasil de Pelotas era o melhor time da competição. Tinha a melhor campanha e uma grande expectativa de vencer o tricolor gaúcho na Arena. Bem, não foi isso o que aconteceu. O Xavante levou uma tremenda surra e perdeu de 4 a 0.

Olha, ninguém vai criticar o time do Brasil de Pelotas. Ele é uma espécie de Portuguesa do Rio Grande do Sul. Mas com torcida. O que mostra, na verdade, que essa analogia não era tão boa assim. Porém o que importa é: os xavantes reclamaram bastante da expulsão de Éder Sciola. Será que eles tinham razão.

Vamos analisar os fatos com isenção. Aos 33 minutos, Luan cobrou rápido o escanteio e achou Arthur livre na meia-lua. O volante chutou com endereço certo, mas Éder Sciola se atirou e colocou a mão na bola. Falta perigosa e cartão amarelo. No final do primeiro tempo, Sciola receberia o segundo amarelo e, por isso, acabou expulso.

Na visão do Brasil de Pelotas, o pulmão de Luan terminou atingindo com força a pobre canela de Sciola. Na versão de qualquer pessoa normal, joelhada nas costas é uma falta feia e desproporcional. O mais incrível é que um comentarista de arbitragem da tacanha mídia esportiva gaúcha chegou a dizer que o juiz foi rigoroso demais na aplicação da lei. Foi um comentário tão bizarro que pode indicar uma futura carreira de sucesso no STF...

Verdade seja dita, o Brasil conseguiu acertar a marcação no primeiro tempo. Nunca teve o controle do jogo, apenas estava usando a boa e velha retranca gaúcha. Clémer, o técnico Xavante, mostrou o que pode ser definido como um DIG (Delírio de Injustificada Grandeza) e não mudou o time para a etapa complementar.

Aliás, o segundo tempo foi todo de Jael, o cruel. Logo no primeiro minuto, ele recebeu de Arthur e rolou para Éverton fulminar cruzado o 1 a 0, rente ao poste direito. Aos 9 minutos, Jael cabeceou livre na área. Pitol fez uma bela defesa. Só que soltou a bola nos pés de Alisson. O garoto furou, se atrapalhou todo, mas, mesmo caído, conseguiu empurrar para o fundo do gol.

Aos 24 minutos, um momento mágico. A torcida gremista viveu para ver Jael, o cruel, dar uma assistência com um passe de calcanhar. Ele desviou a bola com muita categoria para Everton, que livre de marcação, chutou forte e fez 3 a 0.

Tudo bem que o coelho é o mascote da Páscoa, mas ainda havia espaço para mais um representante do reino animal, no caso, o frango. No final da partida, Ramiro cobrou uma falta de muito longe e o goleiro Marcelo Pitol espalmou para dentro das redes. Final: Grêmio 4 a 0. Sem falar do chocolate.

O Grêmio, como era Páscoa, saiu ovacionado pela torcida. É virtualmente campeão gaúcho.

Jarbas Schier

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