O Quarteto Fantástico do Grêmio

Só para variar, o Grêmio é muito melhor do que imagina a tacanha mídia esportiva gaúcha. Outra vez, o Inter é o favorito para vencer o Gauchão. Exatamente como era em 2006 e 2007. E deu no que deu.

Bem ou mal, certo ou errado, Celso Roth já conseguiu mudar a "cara" do time. Ou seja, chega de ganhar de goleada. Agora, é garantir o 1 X 0 e dar bico e balão para frente. O tricolor gaúcho abandonou as teorias ofensivistas e segue invicto sem perder uma partida em 2008.

Mas não era isso que eu queria dizer. O assunto dessa crônica é o Quarteto Fantástico do Grêmio. Nem precisa pensar muito para saber quem são as figuras que imitam no tricolor os personagens das histórias em quadrinhos.

Roger é o Homem-elástico, Deborah Secco é a mulher-invisível, o colombiano Perea é o Tocha-Humana e Celso Roth, claro, é o Coisa.

O fato é que Roger é um jogador diferenciado que deu consistência ao time do Grêmio. Ele não marca? Claro que não, mas isso não importa. É visível o crescimento da qualidade do passe com ele no time. Um titular indiscutível e uma aposta acertada da direção gremista. Já a Deborah Secco... Bem, ela é gremista e não se fala mais nisso.

Outro acerto foi o colombiano Perea. Desde sua primeira partida, o atacante demonstrou muitas qualidades. Só faltava o gol. Depois que se livrou do jejum, Perea passou a ser imprescindível. Fazia uma dupla perfeita com Soares que terminou contundido em um jogo típico de gauchão (ou seja, o time adversário batendo até não poder mais e o juiz achando que quebrar pernas faz parte do jogo).

E Celso Roth? Continua o mesmo, apesar de garantir que está em uma fase light. Sabe como armar um time, mas pode acabar brigando com os jogadores no vestiário. Afinal de contas, ele é o Coisa. E bem... o Coisa é o Coisa.

Jarbas Schier