Luís Fabiano volta a ser fabuloso

A seleção brasileira patrolou a Costa do Marfim. Venceu por 3 a 1 a partida realizada no Estádio Soccer City, em Johanesburgo, mas poderia ter sido mais. O problema foi a incompetência do juiz e a preguiça de Dunga. O jogo teve dois destaques bem distintos: ao mesmo tempo em que Luís Fabiano voltou a ser fabuloso, Kaká viveu um dia de fúria.

Com o resultado, o Brasil manteve o 100% de aproveitamento na Copa do Mundo, e chegou aos seis pontos. E tem mais: manteve a liderança do Grupo G e já garantiu a classificação para a próxima fase. O primeiro foi equilibrado. A seleção de Dunga tentou atacar, a Costa do Marfim se limitou a bater. O juiz Stéphane Lannoy só queria saber de conversa.

Diga-se de passagem Lannoy tentou ser jogador, mas abandonou a carreira aos 20 anos de idade para se dedicar à arbitragem. Ele faz parte do quadro da federação francesa desde 1998, mas só em 2002 que passou a atuar em jogos da primeira divisão. O juiz mora na cidade de Sailly-sur-la-Lys, ao norte da França e na divisa com a Bélgica. Além de trabalhar como árbitro, ele tem a função de distribuidor de uma empresa de videogames. Realmente é uma espécie de atestado de incompetência.

Mesmo com as trapalhadas do juiz, o Brasil não demorou para abrir o placar. Aos 25 minutos, Kaká fez uma bela jogada e deixou Luís Fabiano livre dentro da área adversária. O atacante encheu o pé direito e abriu o placar. O artilheiro estava há seis jogos sem marcar.

Na etapa complementar, o Brasil seguiu atacando, a Costa do Marfim continuou batendo e o juiz... bem o árbitro só queria saber de jogar conversa fora. Mas logo aos cinco minutos, tudo mudou. Luís Fabiano fez o gol mais bonito da Copa do Mundo. Deu dois chapéus na sequência, passou por um terceiro zagueiro e bateu de esquerda no canto, ampliando o placar. Só isso tornaria o gol antológico. Mas Luís Fabiano ainda tocou a mão na bola duas vezes antes de estufar as redes. O árbitro, porém, achou a jogada tão bonita que desistiu de anular o gol.

A Costa do Marfim entrou em desespero e foi para cima. Antes disso, contudo, triplicou os seus esforços para quebrar os jogadores brasileiros ao meio. Só que se tem uma coisa que a seleção de Dunga sabe fazer jogar no contra-ataque. Aos 16 minutos, Kaká fez jogada individual pela esquerda e cruzou rasteiro. Sozinho, Elano tocou com categoria para o gol marfinense.

Diga-se de passagem, a Costa do Marfim em uma entrada criminosa tirou Elano do jogo. Depois passou a perseguir Kaká sem piedade por todo o campo com a conivência do vendedor de videogames, Stéphane Lannoy. Apesar do banho de bola do Brasil, os africanos fizeram o gol de honra. Aos 33 minutos, Yaya Touré lançou Drogba dentro da área do Brasil. Completamente livre, o atacante desviou de cabeça e diminui.

Depois disso, Kaká - pasmem - foi expulso. O meio-campo cansou de ser provocado pelos jogadores adversários e deu uma cotovelada em Keita. Recebeu o segundo amarelo e foi mais cedo pro chuveiro. O problema é que mais da metade da seleção da Costa do Marfim merecia o cartão vermelho. E o juiz se fez de desentendido.

O prejuízo é grande, pois Kaká fica de fora da partida contra Portugal. Em tempo, muitos comentaristas reclamam que o craque ainda não está 100%. A ZeroZen gostaria de dizer que infelizmente é impossível. Kaká não pode estar 100%, porque, como se sabe, 10% é da Igreja...

Jarbas Schier

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