A marmelada espanhola
A Espanha venceu o Chile por 2 a 1 e se classificou para as oitavas de final em primeiro lugar do Grupo H. Mas o jogo teve cheiro de marmelada. Outra vez, a "Fúria" teve muito mais sorte do que juízo. A Suíça resolveu colaborar com mais um empate e garantiu o Chile na próxima fase.
Aliás, a equipe sul-americana começou melhor. O time treinado por "El Loco" Bielsa foi para cima dos espanhóis. E teria marcado um gol se não fosse a brutal incompetência de seus atacantes. Mas 24 minutos, o goleiro Claudio Bravo fez um dos lances mais ridículos da Copa do Mundo.
Em um contra-ataque, Bravo deu um carrinho tão maluco quanto desnecessário para afastar o perigo. Só que a bola sobrou para David Villa, que chutou da intermediária para o gol vazio. O Chile entrou em parafuso depois do gol. E não existe nada tão ruim que não possa piorar.
Aos 36min, Iniesta puxa o contra-ataque, toca para Villa e recebeu de volta. Então tocou com categoria no canto esquerdo de Bravo. Depois da marcação do gol, o juiz expulsou Estrada por uma falta fora do lance. Um cartão vermelho completamente equivocado e sem sentido, que prejudicou ainda mais o Chile.
Na etapa complementar, a equipe veio desesperada em busca de um gol. E funcionou. Por que aos 2 minutos veio o gol de honra. Millar recebeu de Sanchez e chutou da entrada da área. A bola bateu em Piqué, tirou Casillas da jogada e entra.
Pronto. A partir daí, o futebol acabou e começou a patifaria. Ambas as seleções perceberam que o resultado dava a classificação. Então a Espanha fingia que atacava e o Chile fingia que defendia. Foi aquele jogo amigo que não perigo de ferir ninguém. Uma vitória com gosto de marmelada espanhola...
Suíça 0 x 0 Honduras
Palmas e mais palmas para a Suíça. A seleção mais retranqueira da Copa se despediu do torneio com mais um triunfo. Mais um glorioso zero a zero. Sim, bastava uma vitória simples para a classificação. Todavia isso implica marcar gols. E em time que está empatando não se mexe. Por isso, a Suíça manteve o seu implacável esquema 11-0 e mais uma vez ficou 90 minutos tocando a bola e esperando o apito final do juiz. A torcida suíça, é claro, comemorou. Mas bem baixinho que é para não acordar os vizinhos.