"Yes, We Can", mas não na Copa do Mundo

Não foi desta vez, Barack Obama. A seleção dos Estados Unidos disse: "Yes, We Can". Mas o pessoal de Gana declarou: "No way, motherfuckers!" Ou algo parecido. É difícil entender esses dialetos africanos...

Porém, verdade seja dita, a seleção africana se classificou com muito sofrimento. Com o perdão do trocadilho se classificou com muita raça, superação e Gana... Diga-se de passagem, a vitória só foi acontecer na prorrogação.

Mesmo assim, foi Gana quem saiu na frente no placar. Aos 5 minutos, o time africano recuperou a bola no meio-campo. No contra-ataque, Prince Boateng bateu de esquerda e abriu o placar. Aliás, esse Boateng foi quem acertou o time da Alemanha ao fazer uma falta criminosa e contundir, antes da Copa, Michael Ballack. A equipe alemã tirou o balaqueiro do time e passou a jogar futebol.

Voltando a partida, os Estados Unidos ficaram indignados. E partiram para cima de Gana procurando armas de destruição em massa. Não encontraram nada no primeiro tempo, mas seguiram pressionando. Então na etapa complementar, antes que alguém ameaçasse colocar Jack Bauer em campo, o juiz apitou um pênalti sofrido por Dempsey. Donovan, herói da classificação na primeira fase, cobrou no canto esquerdo do goleiro, a bola bateu na trave e entrou.

Gana não se abalou. Aliás, Gana não fez nada. Só ficou vendo o tempo passar e deixando a bola sobrar para o atacante Altidore, que desperdiçou inúmeras chances para dar a vitória aos Estados Unidos.

Veio a prorrogação e em uma jogada isolada, Gana marcou. Após chutão Gyan surge no meio da zaga, ganhou de Bocanegra no corpo e bateu na saída de Howard. A seleção africana só fez isso. Mas valeu a pena. Por que os Estados Unidos dominaram o tempo inteiro, porém não conseguiram igualar o placar.

É... Barack Obama. O "Yes, We Can" não funciona na Copa do Mundo. E Hollywood não vai fazer um filme sobre uma seleção de fracassados...

Jarbas Schier