Pabllo Vittar e a função social da ZeroZen


Todo mundo é comentarista nas redes sociais (justamente por isso que a ZeroZen está fora dessa loucura). Por isso, rapidamente o mundo se transformou em uma grande porta de banheiro de estádio de futebol. A quantidade de estultices, de opiniões malucas realmente impressiona e vem provar o que esta impoluta revista defende desde o final da década de 90. O mundo já era. Alguém, por favor, pague a conta e termine logo essa insanidade. Falando nisso, o mais novo tópico da falta falta de assunto é Pabllo Vitar. Um artista (sic e sci-fi) que prova que a ZeroZen tem uma importante função social.

Antes de mais nada, vamos aos fatos. Phabullo Rodrigues da Silva, conhecido por seu nome artístico Pabllo Vittar um compositor e drag queen. Chamá-lo de cantor(a) é um nítido exagero. Sua primeira aparição na televisão aconteceu em 2014, no programa "Carona", da TV Integração, onde ele interpretou a canção "I Have Nothing", de Whitney Houston. Mais tarde, em 2015, Vittar começou a ganhar atenção nas redes sociais após o lançamento do videoclipe de "Open Bar". Em 2017, Vittar conseguiu maior reconhecimento ao lançar seu álbum de estreia Vai Passar Mal, que gerou os singles "Nêga", "Todo Dia", "K.O." e "Corpo Sensual".

A partir daí, o artista entrou no meio de uma imensa discussão. Muitas pessoas passaram a dizer que não eram obrigadas a gostar do som de Pabllo Vittar. Bem, isso é a mais pura verdade. Porém o movimento LGBT (a ZeroZen sabe que a sigla é maior, mas ia acabar faltando espaço no texto, certo?) classificou essa reação como homofóbica.

Rapidamente surgiram textões elogiando Ney Matogrosso, Cazuza, Elton John e Little Richards. Isso tudo para deixar claro que a preferência sexual de Pabllo Vittar não faz a menor diferença. O problema mesmo é que ele canta muito, mas muito mal. De fazer Claudinho e Buchecha ficarem se sentindo capazes de fazer um cover do Frank Sinatra (não pegou as referências? Google it. Mas é uma prova que até mesmo a ZeroZen está ficando velha). Então a questão parecia estar resolvida. Mas novamente o movimento LGBT classificou essa reação como homofóbica.

O pior de tudo é que o raciocínio foi tão brilhante quanto correto. Por quê? Ora, se a Anitta, Simone & Simaria, Ludmilla, Valesca, Projota, Solange Almeida, Thiaguinho e Luan Santana e todo mundo do sertanejo universitário - sem exceção - não canta nada, então toda a critica fica em cima (sem trocadilho) do Pabllo Vittar?

Bem, isso parece mesmo meio homofóbico. A partir dessa lógica de argumentação, surge a função social da ZeroZen. A gente parou cinco anos. Nesse tempo, foi tudo ladeira abaixo. As redações dos jornais foram tomadas por estagiários semi-analfabetos. Uma turma vazia de conteúdo. Gente que paga por um fatality no Mortal Kombat. Enfim, a escória da humanidade.

Como não há capacidade mental de articular uma crítica, surgem elogios por todos os lados. Então, é claro, que a crítica ao Pabllo Vittar ficaria destoante. Indicaria mesmo uma questão homofóbica. Mas não na ZeroZen. São mais de 20 anos esculhambando a tudo e a todos, sem discriminação. Ou seja, para esta impoluta revista não importa se Pabllo Vittar é heterossexual, homossexual, panssexual, drag queen, ou mesmo, uma cenoura reluzente. Não importa! Em qualquer dos casos, ele continua não cantando absolutamente nada....

Da Equipe de Articulistas

P.S. - Para ajudar os estagiários da redações. Surge a seguinte dúvida: como chamar Pabllo Vittar. Cantor ou cantora? Fácil chame de "aquele sujeito". Por que cantar é algo que ele decididamente não tem ideia do que significa.