Warhammer 40,000: Dawn of War - Soulstorm

Warhammer 40,000: Dawn of War - Soulstorm é oficialmente o segundo pacote de expansão para o jogo Warhammer 40,000: Dawn of War, no entanto tem mais elementos em comum com Warhammer 40,000: Dawn of War: Dark Crusade, e nada tem a ver com Warhammer 40,000: Dawn of War: Winter Assault a primeira expansão para Dawn of War. Tipo deu para entender?

Desenvolvido simultaneamente pela Relic e a Iron Lore, sendo que essa última pediu falência pouco antes do lançamento, Soulstorm é um pacote de expansão caça-níqueis que tenta tirar leite de pedra de uma série que viu dias melhores.

Como em Dark Crusade a jogabilidade ganha elementos de estratégia em turnos, além de manter intacta a fórmula de combates em tempo real dos jogos anteriores. Isso cria mais problemas do que benefícios. Uma vez que há um sério problema de desnivelamento no jogo. Pois quem defende tem muito mais vantagens do que aquele que ataca, uma vez que já começa o mapa num estado bem mais adiantado de aquele que ainda precisa organizar a produção e a defesa, para depois, se sobreviver até lá, pensar num ataque.

Assim grande parte da ação consiste na conquista e defesa do mesmo mapa por vários turnos. Não muda sequer o ponto de início. Como se não bastasse acontecem algumas coisas bizarras nesses cenários: como você ser bem-sucedido na defesa de um território, arrasando o exército inimigo, mas na próxima rodada ao invés de encontrar o caminho livre para um contra-ataque seu exercito vai estar em frangalhos e do inimigo novo em folha. Tipo, não faz o menor sentido.

Já a principal mudança de Soulstorm em relação à Dark Crusade é que ao invés de sete raças disputando um planeta, temos nove raças lutando em quatro planetas e três luas. Sendo que o número de raças aumenta se você tiver o jogo original ou uma das expansões instaladas. Apesar de ser não preciso nenhum dos jogos anteriores instalados para jogar.

As duas raças novas: Dark Eldar e Sisters of Battle são medíocres para dizer o mínimo, e pouco acrescentam as demais. Ambas são fracas e possuem limitações que as tornam extremamente vulneráveis. O que não ajuda em nada a já extremamente desbalanceada campanha de single player do jogo.

Outra novidade é a introdução de aeronaves, que apesar de pouco exploradas é o elemento o mais interessante somado à jogabilidade da série em quatro anos. Notem que os desenvolvedores levaram três expansões para disponibilizar algo que é essencial em qualquer jogo de estratégia moderno. Não mexer em time que está empatando é isso aí.

No que diz respeito aos gráficos, Soulstorm usa o mesmo 'engine' de quatro anos atrás de Dawn of War. E nessa área pouca coisa mudou. A única coisa que se pode dizer de positivo é que esse não é um jogo de nova geração. O quê talvez atraia quem ainda não investiu num computador novo. E só isso.

No geral se você não for muito exigente e pulou uma das expansões anteriores, existem boas chances que Soulstorm seja capaz de mantê-lo entretido por algum um bom tempo, 30 horas no mínimo. Pena que grande parte desse tempo repetindo os mesmos mapas infinitamente.

Desta forma Soulstorm serve apenas como aperitivo para Dawn of War 2, que apesar de tudo está confirmado para o ano que vem. Pois perto de jogos como World in Conflict, Supreme Commander ou Universe at War, Soulstorm parece datado e o pior: completamente desnecessário.

Saulo Gomes

Prós: É uma expansão que não precisa o jogo original.
Contra: A mistura de combate em tempo real estratégia em turnos mais irrita do que ajuda.

Requisitos do Sistema
Microsoft Windows XP, Vista
CPU: Pentium 4 2.0Ghz ou Athlon XP 2400+
RAM: 512MB (Windows XP) 1GB (Windows Vista)
Placa de Vídeo de 64 MB