Cursos Práticos para desempregados


Gênio do Marketing Político

Depois das últimas eleições no Rio Grande do Sul, a ZeroZen tem certeza que pelo menos uma nova possibilidade de emprego surgiu: a de gênio do marketing político. Coordenar campanhas de políticos é a solução para o desemprego no próximo milênio. Para quem está hoje coçando o saco ou gastando o seu precioso tempo de conexão para ler essa impoluta revista aqui vão algumas dicas que o tornarão rico nessa área.

1 - Tenha certeza que o brasileiro não sabe votar e que o eleitorado é composto única e exclusivamente de imbecis

2 - Faça uma campanha cheia de efeitos visuais, mas sem nenhum conteúdo

3 - Repita a mesma campanha para todos os candidatos que contratarem seus serviços inclusive usando slogans e jingles semelhantes

4 - Guarde esse modelo de campanha em um disquete e o repita sempre que contratarem os seus serviços

5 - Não se esqueça que eleitor é tudo igual. Diga para quem o contratou que não há perigo nenhum em perder a eleição. Afinal cearense, baiano e gaúcho é tudo a mesma coisa.

6 - Diga que você conhece tudo de política e políticos, mas omita o fato que você jamais foi eleito para coisa alguma, nem mesmo para síndico

7 - Faça apostas impossíveis como levar todo o staff da campanha para uma ilha paradisíaca se o candidato que você coordena ganhe a eleição (é claro que você sabe que ele vai perder).

8 - Faça santinhos relacionando o seu candidato com o Presidente da República. Não importa se você fez isso em um Estado onde a rejeição a FHC é a maior do Brasil. Afinal, cearense, baiano e gaúcho é tudo são a mesma coisa, etc, etc.

9 - Diga que você não perde eleição. Quando o candidato ganhar foi apenas pelo seus méritos. Quando ele perder diga que se não fosse a sua campanha ele teria sido massacrado nas urnas

10 - Tenha muita, mas muita cara-de-pau. E lembre-se que na pior das hipóteses você vai ficar apenas dois anos sem emprego.

Seguindo estas dicas você não só vai ganhar muita grana como também ainda vai acabar sendo chamado para fazer campanha política na Argentina. Afinal, não podemos esquecer que cearense, baiano, gaúcho e argentino é tudo igual mesmo. Qual o problema?