NÃO INTERESSA A NINGUÉM, MAS...

Brasil, o país do não

O "não" foi a escolha dos brasileiros no referendo sobre a proibição da comercialização de armas e munição. A ZeroZen dificilmente fala sobre política (o congresso nacional é mais engraçado que o melhor dos humoristas), mas neste caso é preciso abrir uma exceção.

Um total de 63,4% da população, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), optou pela manutenção comércio de armas e munição no País. Bem, isto pode indicar que o brasileiro é um ser belicista que adora sair de revólver na mão disparando tiros para todos os lados como um figurante de bang-bang italiano.

Porém, isto não corresponde a verdade. O brasileiro continua sendo um sujeito pacífico, cordial e obediente. Então o que provocou essa revolução? Em primeiro lugar, o marketing político. A campanha do"não" foi muito melhor que a do "sim". Ela foi comandada pelo publicitário Chico Santa Rita, ex-marqueteiro de Fernando Collor.

A campanha do "não" tinha uma mensagem clara: a proibição do comércio de armas tira dos brasileiros o direito de adquirir uma arma quando o Estado não garante a segurança. Já a do "sim" resolveu apostar nos ricos e famosos. Justamente o pessoal que não precisa se preocupar com segurança.

A campanha contra a venda de armas contou inicialmente com o trabalho voluntário de produtoras como a Conspiração, a Videolfilmes e a O2. A campanha do "sim" chegou a utilizar celebridades como Chico Buarque, Camila Pitanga e Fernanda Montenegro no início da campanha. Não deu certo.

Aliás, os artistas aderiram em massa a campanha do "sim". A exceção ficou por conta do cantor Fagner, que aproveitou para chamar os demais artistas de "bando de maria vai com as outras". Bem, o artista nordestino aumenta, mas não inventa.

De qualquer maneira, a idéia do referendo provou ser um sucesso e deve ser continuada. A ZeroZen sugere os seguintes referendos:
1) Você é a favor da extinção dos acústicos da MTV?
2) Você é favor do fim das correntes enviadas em power point pela Internet?
3) Você é a favor que a Samara Felippo pose nua?

Enfim, tudo o tipo de questionamento útil para a sociedade. Por fim, a ZeroZen não poderia deixar de notar que - no início da campanha - o sim liderava com mais de 70% das preferências. Porém, uma entidade conhecida pelas iniciais C.B. resolveu apoiar a causa. Resultado? Uma derrota humilhante para o "sim". Depois não digam que a gente não avisou antes...

Da Equipe de Articulistas

Lembre-se:
Se você não é contra nem a favor, muito antes pelo contrário, então você é um pouco ZeroZen...