NÃO INTERESSA A NINGUÉM, MAS...

A bissexualidade de Ana Carolina

A cantora Ana Carolina foi capa da Revista Veja. A publicação, que fez uma pausa no modo impeachment de Lula, garante que a moça é o ícone de uma geração (como? quem? o quê?). Porém, o destaque maior para a cantora foi devido ao fato de ela ter assumido sua bissexualidade.

A manchete da capa da revista foi: "Sou bi. E daí?". Porém, considerando Ana Carolina a revelação não é exatamente bombástica para o público . Por exemplo, durante seus shows, a cantora costuma incluir uma canção do grupo Ultraje a Rigor, "Eu Gosto é de Mulher". Obviamente, na voz de Ana, a música virou um hi no ao amor lésbico.

Ana Carolina confessou à Revista que desde a adolescência gosta de jogar para ambos os lados. "Namorei quatro garotos, depois uma menina, em seguida outro garoto e mais tarde uma menina outra vez", revelou. Ana é natural da cidade mineira de Juiz de Fora e nasceu em uma família de músicos (sua avó era artista de rádio e seu avô cantava em igreja).

Para ela, sua orientação sexual foi definida, aos 16 anos. Então contou para a mãe a verdade. "Fiz isso de supetão. Estávamos falando de um assunto qualquer e eu soltei a confissão, como se não fosse nada. 'Mãe, eu gosto de homens e de mulheres. Dá para a senhora me passar aquele negócio ali, por favor?", declarou.

Bem, a entrevista não tem nada demais assim como o conteúdo de Veja. O incrível é que defensores dos direitos homossexuais ficaram irritados com algumas declarações da cantora. Principalmente quando Ana Carolina afirmou que ser “contra essa postura de levantar bandeiras para defender o homossexualismo (sic), pois fica parecendo que ser gay é uma doença”. A cantora também salientou que “passeatas e discursos no estilo 'nós, os homossexuais' só alimentam uma visão estereotipada".

O Grupo Gay da Bahia exigiu da cantora uma retratação. A entidade acredita que as mesmas são "equivocadas, classistas, egoístas e de extrema irresponsabilidade social e política não somente com o movimento Brasileiro de Gays, Lésbicas e Travestis, que fazem o trabalho de combater o preconceito e a homofobia, mas também por ela ter passado uma borracha no movimento de desrepressão na música que entre outras coisas propiciou esse espaço para ela poder assumir que é bissexual".

Ora, existe um grave problema nas minorias brasileiras. Está surgindo o preconceito contra o bissexual. Um exemplo claro foi a patética novela América. A autora Glória Perez criou um personagem bi que por pressão do público homossexual acabou por mudar de tendência e decidir que sempre quis jogar barro para cima da capota.

Então parece óbvio que os bissexuais foram excluídos do circuito GLS. Os gays querem que eles saiam do armário, as lésbicas querem que os bi passem a colar o velcro ou lamber o carpete. Já os bissexuais querem única e exclusivamente comer todo mundo.

A solução para os bissexuais é a criação de Organizações Não Governamentais (ONGs) para proteger seus direitos. Algo como BILAU (Bissexuais Livres Atuantes e Unidos) ou BISTECA (Bissexuais Trabalhadores Engajados Conscientes e Amorosos) . Enfim, é melhor deixar para lá ou para cá porque com esse tipo de gente tanto faz como tanto fez.

Da Equipe de Articulistas

Lembre-se:
Se você sua namorada (o) diz que é bissexual e você pensa que agora tem duas vezes mais chance de ser corno, então você é um pouco ZeroZen...