Treze Dias que Abalaram o Mundo

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A moral de Treze Dias que Abalaram o Mundo parece ser que o elemento fundamental da diplomacia americana é o copo de uísque. Todo pessoal da corte do presidente John F. Kennedy passa o tempo inteiro tentando fugir da crise usando como consolo o cachorro engarrafado, como diria Vinícius de Moraes. Enquanto isso, uma guerra nuclear se aproxima. Com tanta gente bebum no filme é quase um milagre que alguém não tenha apertado um botão por engano e começado a terceira guerra mundial.

O zeronauta também precisa saber que este é mais um filme estrelado pelo indefectível Kevin Costner. Isto significa obrigatoriamente uma obra de mais de duas horas de duração. Deve ser algo no contrato do ator. De qualquer maneira, em 1962, no mês de outubro, 13 dias foram decisivos (assim pensam os americanos) para o destino da humanidade. Foi a chamada Crise dos Mísseis Cubanos.

A então temida unida soviética resolveu instalar mísseis de longo alcance no território de Cuba. Todos apontados para os Estados Unidos. Sentindo a coisa ficar mais feia que mulher de cego, o presidente John F. Kennedy (Bruce Greenwood) para isso vai contar com a ajuda do seu fiel escudeiro Kenny O'donnell (Kevin Costner). Kenny era o assessor especial do presidente o termo técnico utilizado pelos americanos para designar um aspone.

Como se vê não o espectador não tem muito o que esperar de Treze Dias que abalaram o mundo. Se você não for um fanático por história americana vai perder tempo e dinheiro. O filme dirigido por Roger Donaldson, no fim das contas, gasta cenas demais para dizer de menos. Toda a trama rocambolesca serve apenas para enganar os mais crédulos. Provavelmente a história narrada no filme deve ter inspirado aquela famosa marchinha de carnaval: "Quero ver Cuba lançar um foguete/Quero ver Cuba lançar... ".


J. Tavares

(Thirteen Days, EUA, 2001), Direção: Roger Donaldson, Elenco: Kevin Costner, Bruce Greenwood, Steven Culp, Duração: 152 min.

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