Loucos do Alabama

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Tudo bem. É fácil de entender como um canastrão como Antonio Banderas resolve bancar o diretor. Afinal, depois de comer gente feito um alucinado, de dar um fora na Madonna, o que de mais instigante ele pode fazer é queimar alguns milhões de dólares. Por isso, seu filme de estréia atrás das câmeras, Loucos do Alabama, parece ser feito nas férias da família, entre um martini e outro.

Aliás, Banderas resolveu colocar a sua mulher, Melanie Griffith, no papel principal desta equivocada comédia dramática. O que, inclusive, não contribui em nada para o sucesso do filme. Pensando bem, se ele não tivesse dado o papel para Melanie ninguém mais daria...

Loucos do Alabama começa no verão de 1965. O menino Peejoe (Lucas Black) observa surpreso sua tia Lucille abandonar o marido e seguir rumo a Hollywood para se transformar em atriz. Até aí, nada demais. O detalhe é que Lucille (Melanie Griffith) não aceita um não como resposta. Quando o marido pede para que ela continue na sua emocionante vida de esposa, ela mata o sujeito e o esquarteja. Como longos relacionamentos são difíceis de se esquecer, ela sai mundo afora levando a cabeça do defunto.

Neste momento fica claro por que o filme se chama Loucos do Alabama. Ninguém acha estranho uma mulher sair com uma cabeça no banco de trás de um automóvel. A polícia não aprece nem para dar uma única multa de trânsito. Bom, é fácil concluir que nesse momento o roteiro do filme fica, literalmente, sem pé nem cabeça.

Para piorar a situação há uma sub-trama contra o racismo que só atrapalha o andamento da história. Leva do nada ao lugar nenhum. No fim das contas, fica claro que o filme deveria se chamar Loucos de Hollywoood. E que Banderas, se quiser torrar alguns milhões de dólares, pode deixar um pouco na conta da ZeroZen.

J. Tavares

(Crazy in Alabama, EUA, 1999), Diretor: Antonio Banderas, Roteirista: Mark Childress, Elenco: Melanie Griffith, David Morse, Lucas Black, Cathy Moriarty, Meat Loaf, Rod Steiger, Duração: 112 minutos.

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