Bridget Jones: No Limite da Razão

Pense bem: por que Bridget Jones se tornou um ícone das solteironas de todo o mundo? Justamente por ser uma encalhada de marca maior. Porém, ela terminava o seu primeiro filme feliz com o seu príncipe encantado. A melhor coisa a fazer era parar por aí.

Todavia, a escritora Helen Fielding resolveu escrever um segundo livro de sua mais famosa criação. Não satisfeita, ainda assinou o roteiro do filme. O resultado é um desastre apocalíptico. O fato é que Bridget Jones foi um personagem interessante por no máximo 10 minutos.

Agora, a solteirona Bridget Jones (Renée Zellweger) encontrou a felicidade no amor. Ela está namorando há seis gloriosas semanas o advogado Mark Darcy (Colin Firth). Nada poderia ser melhor, certo? Bem, de uma hora para outra, Bridget entra em crise. Seria a falta de seu prozac diário?

Enfim, a coisa se complica de vez quando Bridget é obrigada a apresentar um programa televisivo ao lado de Daniel Cleaver (Hugh Grant). Sim, ele mesmo. Sua primeira paixão e arquiinimigo de Mark. O canastrão se diz profundamente arrependido de tudo o que fez e tenta reconquistá-la.

Por mais incrível que possa parecer, Bridget fica indecisa entre os dois pretendentes. No meio de tudo isso, ela se envolve em bizarra condenação criminal na Tailândia. A partir deste ponto, o roteiro se esforça para repetir todos os incidentes do primeiro filme, mesmo que não exista nenhuma justificativa lógica para isso.

Renée Zellweger novamente engordou vários quilos para fazer o papel. Sabiamente, já declarou que não pretende passar por este sacrifício novamente. O cinema, comovido, agradece.

J. Tavares

(Bridget Jones: The Edge of Reason, EUA/ING/FRA, 2004), Direção: Beeban Kidron, Elenco: Renée Zellweger, Colin Firth, Hugh Grant, Jacinda Barrett, Jim Broadbent, James Callis, Shirley Henderson, Gemma Jones, Sally Phillips, Duração: 108 min

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