Carrie 2 – A Maldição de Carrie

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Hollywood e suas continuações desastradas... Mais de 20 anos depois do original eles resolvem fazer uma continuação de Carrie a Estranha(1976), sendo que o único elo de ligação com esse primeiro filme é a insossa Amy Irving. Isso é a própria essência da picaretagem. Imaginar uma seqüência de Carrie sem Brian De Palma ou Sthephen King é um disparate. É de se estranhar que esse filme ainda tenha sido lançado nos cinemas, e não direto em vídeo, de tão fraco e medíocre.

A história é a seguinte: o pai de Carrie— que sequer aparecia no primeiro filme— tinha uma amante, com quem teve uma outra filha chamada Rachel. Por acaso ela também tinha uma mãe maluca religiosa, que é levada para um hospício quando Rachel ainda era criança. O roteiro é infantil e feminista. Assim sendo o elo fraco é o homem. Logo Rachel recebeu do seu pai os mesmos poderes telecinéticos de sua irmã. Daí para que ela comece a sair matando mundo é só um pulinho.

O filme é arrastado e sem inspiração, não há suspense, nem clima. Carrie 2 é apenas mais um desses filmes assépticos e sem graça sobre adolescentes americanos. Só perto do fim que a diretora Katt Shea— o que explica o feminismo do filme— vai se lembrar que Carrie deveria ser, supostamente, um filme de terror. E sem ter muitas opções resolve, simplesmente, refilmar a seqüência final de Carrie, substituindo o baile de formatura original, por uma festa de arromba numa mansão cheia de adolescentes barulhentos. O que tem pelo menos tem uma utilidade: com o barulho dos gritos você pode acordar e desligar o videocassete e a TV.

Saulo Gomes

(The Rage: Carrie 2, EUA, 1999) Direção: Katt Shea. Elenco:Emily Bergl, Jason London, Amy Irving, John Doe. 104 min.

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