Final Fantasy

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O sonho de todo o produtor de cinema é não ter de depender dos atores. Com seus ataques e chiliques, cheios de mimos e dengues, estão sempre querendo uma percentagem na bilheteria. Infelizmente muita gente ainda vai ao cinema para conferir o último trabalho do seu ator/atriz preferido. Por isso é que Hollywood investe tantos milhões de dólares em uma tecnologia digital capaz de criar personagens no computador que sejam cada vez mais reais.

Final Fantasy, verdade seja dita, dá um novo passo no ramo da animação. A tentativa de reproduzir com perfeição as milhares de expressões do rosto humano infelizmente fracassou. É muito difícil reproduzir uma mulher. Para que se tenha uma idéia, o movimento dos cabelos femininos é algo extremamente complicado quase impossível de ser repetido, e isto fica evidente no filme. Porém, os homens são fáceis de copiar, considerando gente como Sylvester Stalonne e Arnold Schwarzenegger, basta três ou quatro expressões e está tudo resolvido. Outra curiosidade é que Final Fantasy, ao contrário do cinema, todas as rugas são mostradas em destaque.

O filme é baseado na série de games de mesmo nome que vendeu 33 milhões de unidades em todo o mundo. Quem jogou Final Fantasy sabe que os programadores estavam mais preocupados em animações do que em jogabilidade. Na adaptação para a tela grande a história se passa em um futuro não mundo distante onde aliens invadiram a terra. As grandes cidades foram abandonadas e poucos humanos sobreviveram. O objetivo agora e descobrir uma maneira de recuperar o planeta.

A doutora Aki Ross (voz de Ming-Na) e seu mentor, Dr. Sid (voz de Donald Sutherland) descobriram uma maneira de recuperar o terreno perdido. Segundo eles cada forma de vida possui uma onda espiritual que pode ser coletada e armazenada. Assim, é preciso juntar oito espécies e combinar suas ondas para produzir uma força capaz de se opor a onda espiritual dos alienígenas. Faltam apenas duas ondas para a humanidade voltar a ser dona da Terra. Honestamente, isto não faz o menor sentido, mas de Hollywood se pode esperar qualquer coisa.

Para piorar as coisas Aki (que não tem a metade das, digamos assim, qualidades de Lara Croft) foi infectada pelos aliens. Ela sabe que tem pouco tempo de vida. Para conseguir completar a sua missão vai precisar da ajuda de um ex-namorado, o Capitão Gray Edwards (voz de Alec Baldwin) e seu bando de renegados. Como o Final Fantasy é baseado em um game japonês a mortandade corre frouxa e o filme quase termina antes do tempo por falta de quórum. Para os nerds e amantes computação, a adaptação deve ser satisfatória. Mas os produtores de Hollywood ainda vão ter de esperar mais um pouco antes de aposentar os atores. Ou seja, Bruce Willis continua empregado...

J. Tavares

(Final Fantasy: The Spirits Within, EUA, 2001), Direção: Hironobu Sakaguchi, Elenco de vozes: Ming-Na, Alec Baldwin, Steve Buscemi, Donald Sutherland, James Woods, Ving Rhames, Duração: 118 min.

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