Amigas de colégio

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A Suécia é mesmo um país simpático. Depois de ter eliminado o fantasma da inflação, criado um sistema de saúde modelo e possuir uma divisão de renda adequada entre as classes, os suecos resolveram se dedicar ao que realmente interessa. Ou seja, o sexo selvagem e insano. Sacanagem é com este país impoluto. Por isso, muitos deles visitam o Rio de Janeiro no Carnaval para fazer pós-graduação.

Amigas de colégio é um filme sobre lesbianismo. Provavelmente um dos mais descontraídos da história do cinema. Elin (Alexandra Dahlström ) é a gostosa da escola. Loira encorpada como sói acontecer as suecas, sua alma gêmea parece ser a tímida insossa Agnes (Rebecca Liljeberg). Entre um tragolão e outro elas descobrem que nasceram para lamber o carpete. Na festa de aniversário de Agnes, por causa de uma aposta, Elin dá um beijo na boca da aniversariante.

Pronto. Esta organizada a confusão e correria. Todo mundo na escola começa a perceber que as duas amigas estão muito mais a fim de colar o velcro, do que participar das tradicionais orgias suecas. Apesar disso, a sociedade liberal e liberada não está nem aí. O filme se concentra no fato de Elin não estar muito certa do que vai fazer. Deve voltar a ser a queridinha da escola ou assumir que curte as músicas da Cássia Eller.

Bom, se fosse em qualquer outro país poderia haver alguma dúvida na decisão de Elin, mas a Suécia é a Suécia. Resultado? Um final cor-de-rosa, capaz de fazer o lesbianismo parecer tão simpático quanto um comercial de margarina. Na dúvida, fique com aquelas revistinhas suecas vendidas envoltas em papel pardo que é muito mais negócio.

J. Tavares

(Fucking Amal, Suécia, 1998), Direção: Lukas Moodysson. Elenco: Alexandra Dahlström , Rebecca Liljeberg, Duração: 89 min.

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