A Governanta

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Certos filmes deveriam ter um aviso na capa do tipo: O Ministério da Cultura adverte, assistir esse filme é pura perda de tempo. Parece piada, mas não existe qualquer justificativa lógica para que "A governanta" fosse selada em vídeo. Nem a presença da queridinha do cinema independente americano, Minnie Driver, vale a locação.

A governanta é o filme de estréia de Sandra Goldbacher que antes só tinha dirigido comerciais na tv inglesa. Então tá. É como dizia o Barão de Itararé da onde menos se espera daí mesmo é que não sai nada. O filme é mais um drama da era vitoriana. Isto significa ver aqueles atores ingleses com aquele sotaque pedante de sempre.

Minnie Driver, interpreta Rosina Da Silva, uma judia que depois da morte do pai é obrigada a se casar com quem o rabino da sua congregação escolher. Bem, Rosina pensa: drogas, tô fora. Adota o nome de Mary Blackchurch e resolve ir trabalhar de governanta na Escócia.

Lá (o velho clichê) se apaixona pelo patrão Charles Cavendish (Tom Wilkinson) que é uma espécie de cientista maluco que trabalha com um descoberta estranha chamada fotografia. Seu problema é conseguir fixar as fotos no papel. Evidentemente que ele, apesar de toda a inteligência, vai ter de pagar um mico desgraçado ao ver a governanta chegar na resposta antes dele.

Pois é... O engraçado é que no Brasil quem come empregada doméstica vai parar na delegacia dando explicação para a mulher. Na Inglaterra, vira filme. Coisas do primeiro mundo...

J. Tavares

(The Governess, ING, 1998), Direção e roteiro: Sandra Goldbacher, Elenco: Minnie Driver, Tom Wilkinson, Florence Hoath,Jonathan Rhys Myers, Harriet Walter, Duração: 108 minutos.

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