A Identidade Bourne

Ele é um homem sem memória. E não estamos falando de algum político do Congresso Nacional. Jason Bourne (Matt Damon) é um homem sem passado. Aliás, sem presente e muito menos futuro. Ele é baleado e deixado no mar para morrer. Mas como determinado tipo de substância costuma boiar com facilidade ele acaba sendo resgatado por um grupo de pescadores.

O começo da trama de A Identidade Bourne não é nada promissor. E, verdade seja dita, o que vem logo a seguir não ajuda nada. O filme repete todos os clichês do gênero thriller de espionagem com uma seriedade exagerada, que beira o ridículo. É o tipo de roteiro que você já viu antes e muito melhor. Coisas como A Identidade Bourne só podem funcionar se quem tiver memória fraca for o público.

Então Bourne encontra um micro-filme escondido sob sua pele. E descobre o número de um cofre em um banco na Suíça. Como ele está com amnésia e não tem mais nada para fazer, resolve ir lá e conferir o que está no cofre. Resposta? Dinheiro. Muito dinheiro. Além disso, ele possui passaportes de várias nacionalidades. Oque será ele? Um ator famoso? Um apresentador de talk show? Uma estrela de cinema? Ou quem sabe um perigoso agente secreto...

Claro que a partir daí o filme se transforma na confusão e corrreria habitual. Para ajudar a fuga de Bourne surge a abilolada Marie (Franka Potente, de Corra Lola Corra). Logo, são as mesmas cenas de lutas de sempre somadas a tradicional corrida de carros. Nada capaz de salvar A Identidade Bourne do marasmo total. Um filme apócrifo e dispensável.

J. Tavares

(The Bourne Identity, EUA, 2002), Direção: Doug Liman, Elenco: Matt Damon, Franka Potente, Chris Cooper, Clive Owen, Brian Cox, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Duração: 111 min.

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