Lolita

Fato 1: certos livros são impossíveis de se adaptar para o cinema. Fato 2: Lolita, de Vladimir Nabokov, é um deles. Fato 3: se Stanley Kubrick um dos maiores diretores de todos os tempos não conseguiu fazer Lolita funcionar na tela grande o que dirá um publicitário metido a besta como Adrian Lyne.

O filme narra a história de Humbert Humbert (vivido por Jeremy Irons que é a própria figura do pedófilo), um professor europeu quarentão, cheio de cultura e modos elegantes que resolve se mudar para uma cidadezinha americana. Lá encontra uma viúva a para lá de disponível, Charlotte Haze (Melanie Griffith) e sua filha Lolita (Dominique Swain).

O bom e velho Humbert se apaixona pela sua meiga e mimosa enteada de 12 anos, mas se casa com a coroa. Tudo para ficar mais próximo de Lolita. Claro que mais dia menos dia ele vai dar um jeito de traçar a ninfetinha para o gaúdio do tios da Sukita.

O livro de Nabokov tem o mérito de tocar em um assunto delicado e fazer disso um exemplo de literatura do mais alto nível. Mas no cinema a coisa não funciona direito. O mérito de Adrian Lyne foi ter acertado no elenco. Mas faltou classe e inteligência no roteiro do filme. Mas se você é um pedófilo, a inocente, mas nem tanto, Dominique Swain deve valer a locação.

J. Tavares

(Lolita, EUA,1997) Direção: Adrian Lyne. Elenco: Jeremy Irons, Melanie Griffith, Dominique Swain. 136 min.

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