Uma carta de amor
Por que será que todo filme com Kevin Costner precisa ter mais de duas horas? Será que o ator inclui alguma cláusula obscura nos seus contratos exigindo a longa metragem de seus filmes? Uma Carta de Amor tem insuportáveis e cansativos 132 min.
Tudo começa quando Theresa Osborne(Robin Wright Peen), uma jornalista divorciada e a procura, encontra à beira da orla marítima uma garrafa com uma carta dentro. Hum ... pode existir começo menos promissor do que esse? Impressionada com seu conteúdo romântico, ela pública a carta no jornal onde trabalha. Pois para seu apurado faro jornalístico alguém que escreve cartas e as joga no mar é digno de notícia. Então depois da repercussão positiva da carta, juntos aos leitores do jornal, ela resolve descobrir afinal quem diabos é o autor. Profissionalismo é isso aí.
Nesse momento é que surge o personagem Garret Blake, vivido por Kevin Costner, um viúvo chato que vive com seu pai chato(Paul Newman), numa cidadezinha pesqueira chata nos confins dos Estados Unidos.
Já deu para notar que é uma chatice dos infernos. Evidentemente Theresa e Garret vão se apaixonar, e a coisa toda se revelara mais enrolada do que de costume. Mas nada que um final lacrimoso e melodramático não resolva.
Com essa história piegas e pouco plausível, o filme deve impressionar apenas debutantes impúberes. No fundo é mais um exemplo de incompetência jornalística e antiprofissionalismo femininos. Mas quem se importa?
Vou fazer um favor para todos vocês leitores da ZeroZen, e evitar o constrangimento de assistir esse filme: se sua namorada lhe mostrar o filme na locadora, diga a ela que o personagem de Kevin Costner morre no final. Depois não precisa agradecer.
(Message in a Bottle EUA, 1999) Direção: Luis Mandoki. Elenco: Kevin Costner, Robin Wright Peen, Paul Newman, John Savage, Illeana Douglas. 132 min.
