Mulher Infernal

Mulher Infernal é uma comédia que aposta todas as suas fichas em Neil Diamond. Veja bem, Neil Diamond. É a mesma coisa que querer fazer um filme engraçado no Brasil com o Reginaldo Rossi de protagonista. Se bem gostar das músicas banais do cantor americano só pode ser uma piada (de mau gosto). É o tipo de projeto que deveria ter ficado esquecido, engavetado em algum escritório de Hollywood.

Darren Silverman (Jason Biggs), Wayne Le Fessier (Steve Zahn) e J.D. McNugent (Jack Black) são amigos inseparáveis. Fazem tudo juntos e chegam a ter uma banda cover do Neil Diamond. Porém tudo muda com a chegada da escultural Judith (Amanda Peet). Ela conquista Darren e o transforma em um plasta, em um ser amorfo e sem vida. Porém, verdade seja dita, Amanda Peet é a melhor coisa do filme. Se Mulher Infernal conseguiu alguma bilheteria é graças ao seu, digamos, talento invejável.

J. D. e Wayne resolvem dar um jeito na situação. A solução encontrada é seqüestrar Judith e dizer para Darren que ela morreu. Depois é só preparar o caminho para que o viúvo se apaixone pela ex-colega de escola Sandy (Amanda Detmer), que está prestes a se tornar freira. No meio de toda essa confusão os abilolados heróis ainda contam com a ajuda do seu treinador dos tempos de escola (R. Lee Ermey).

No final das contas, Mulher Infernal se resume a Amanda Peet e a uma dezena de piadas sem graça. Não vale a pena gastar seus preciosos niqles por tão pouco. A não ser que você seja um fã de Neil Diamond. E se você gosta mesmo deste tipo de música vai precisar economizar dinheiro, muito dinheiro. Afinal, você está precisando de uma tratamento psiquiátrico. E urgente.

J. Tavares

(Saving Silverman, EUA, 2001), Direção: Dennis Dugan, Elenco: Jason Biggs, Steve Zahn, Jack Black, Amanda Peet, Amanda Detmer, R. Lee Ermey, Neil Diamond, Duração: 91 min.

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