Por Amor

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Kevin Costner não desiste. Empilha um fracasso monumental atrás do outro (Waterworld, O Mensageiro). Para livrar a sua cara e garantir um estacionamento vip no estúdio faz de tempos em tempos uma comédia romântica. A tática parecia estar funcionando bem. Mas em Por Amor o truque mostra sinais de evidente desgaste.

Billy Chapel (Kevin Costner) é, há 19 anos, o principal jogador do time dos Tigers, de Detroit. Só quem vive de passado é museu. Assim o dono do time pretende vender o time na próxima temporada e isso significa que Chapel pode estar indo para a fila do seguro desemprego. Para não deixar dúvidas que o personagem é um tremendo pé-frio sua namorada Jane Aubrey (Kelly Preston) o está abandonando.

O filme narra em flashbacks o encontro de Billy e Jane e recheia tudo com tediosas e intermináveis partidas de beisebol. Aliás, não é preciso assistir as mais de duas horas de filme para concluir que este esporte não faz mesmo o menor sentido. Assim, depois de muita enrolação, Kevin Costner chega ao último jogo da temporada. Para sua sorte parece ser o jogo da sua vida. Ele pode conseguir o jogo perfeito, sem nenhum erro (o que quer que isso signifique em beisebol). No aeroporto sua namorada se prepara para viajar para Londres...

O que acontece? Se você tem formação cromossomial específica e polegar opositor já sabe a resposta. Que Kevin Costner esteja fadado ao desastre cinematográfico é até previsível. Mas e o diretor Sam Raimi de Uma Noite Alucinante e Darkman - Vingança Sem Rosto? Por que ele foi se meter em uma canoa furada dessas? Ou ele gosta muito de beisebol ou do Kevin Costner, o que deve ter condenado ele ao esquecimento em Hollywood...

J. Tavares

(For Love of the Game, EUA, 2000), Direção: Sam Raimi, Elenco: Kevin Costner, Kelly Preston, John C. Reilly, Jena Malone, Brian Cox, Duração: 130 min.

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