Quarteto Fantástico

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Apesar do título, o filme não tem nada a ver com a desastrada seleção brasileira de futebol dirigida por Carlos Alberto Parreira. Aliás, cabe uma correção. Ambos têm algo em comum: são de uma incompetência monumental.

Antes de analisar a trama (sic e sci-fi), um pouco de história. O Quarteto Fantástico nos quadrinhos foi importante para o crescimento da Marvel. O grupo surgiu em 1961. Na época, o editor-chefe da Timely Comics (antigo nome da Marvel) Martin Goodman, queria criar um rival para as histórias da Liga da Justiça, que faziam muito sucesso na DC Comics.

Então Stan Lee se associou ao desenhista Jack Kirby para produzir uma revista inovadora. A idéia era que o quarteto funcionasse como uma família de super-heróis. O interessante é que para evitar a overdose de radiação (fonte de muitos poderes), Stan Lee inventou uns tais de raios cósmicos. Certo ou errado, a idéia funcionou e bem.

O grupo demorou para fazer sua estréia no cinema devido a dificuldade em se reproduzir os poderes dos personagens (há um inacreditável filme produzido por mestre do trash movie Roger Corman, mas isso é outra história). Problema que foi resolvido com a evolução da computação gráfica.

Enfim, tudo começa quando o cientista Reed Richards (Ioan Gruffudd) quer realizar uma viagem espacial. Ele, sabe-se lá como, namora a espetacular Sue Storm (Jessica Alba). No projeto trabalham ainda o astronauta Ben Grimm (Michael Chiklis) e o irmão de Sue, Johnny Storm (Chris Evans). Porém, como não tá fácil pra ninguém, o grupo vai precisar do dinheiro de Victor von Doom (McMahon), ex-colega de escola de Reed.

Embora não exista nenhuma necessidade para isso, todos os cincos embarcam em um foguete. Porém, a nave é atingida por uma inesperada tempestade de raios cósmicos. Como resultado, todos acabam por sofrer alterações significativas em seu DNA, recebendo super-poderes.

Reed se torna o Sr. Fantástico, virando um elástico humano, capaz de esticar-se ao longo de toda a extensão de um prédio ou de colocar a mão por baixo da mais estreita fresta de uma porta. Já Sue transforma-se na Garota Invisível (como diabos alguém poderia chamar um mulherão como Jessica Alba de garota?). Ela não só pode desaparecer, mas também é capaz de gerar e controlar enormes campos de força.

Seu irmão Johnny vira o Tocha Humana, capaz de se inflamar e não virar churrasco no processo. Ele também pode voar em alta velocidade. Porém, nem tudo é tão simples. Ben se torna o Coisa. Um monstro gigantesco e ultrapesado com a pele formada por rocha pura. Claro que com uma aparência assim, a sua vida sentimental desaba. Sua esposa ao ver em que ele se transformou decide abandoná-lo. Essa é uma mulher que tem o coração de pedra...

E o milionário von Doom? Infelizmente, também não teve muita sorte pois um estilhaço de titânio da nave penetrou seu rosto e ele está virando uma espécie de homem metálico. Bem, sem ter alguém em quem descontar a sua raiva, decide culpar o quarteto fantástico pelo seu infortúnio. E parte para cima dos heróis tentando destruí-los.

Nesse fiapo de história é que Quarteto Fantástico se baseia. Claro, ainda existem várias cenas aproveitando a condição de celebridades com que os os integrantes do grupo tem de conviver e ainda estão presentes as tradicionais provocações entre o Tocha-Humana e o Coisa.

Moral da história: Quarteto Fantástico não venceu no cinema e muito menos na Copa do Mundo...

J. Tavares

(Fantastic Four, EUA, 2005), Direção: Tim Story, Elenco: Ioan Gruffudd, Jessica Alba, Michael Chiklis, Chris Evans, Julian McMahon, Kerry Washington, Mark S. Allen, Laurie Holden, David Parker, Patrick Stoner, Tony Toscano, Douglas Weston, Lynnanne Zager, Stan Lee, Duração: 123 min.

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