Showtime

É de se perguntar se Robert De Niro tem recebido algum salário ultimamente. Por que, com certeza, há pelo menos 20 filmes ele sequer sabe o que é atuar. Fica repetindo pela enésima vez o seu personagem de "durão, porém sentimental" enganando a patuléia e, em alguns casos, a crítica especializada. Showtime ainda tem a presença de Eddie Murphy, o que é uma espécie de garantia dupla de ruindade.

Showtime é provavelmente uns dos piores filmes das carreiras de ambos. Coisa de tentar esquecer ou apagar de uma biografia autorizada. Decididamente nada funciona. Robert De Niro e Eddie Murphy tem tanta química quanto um descaroçador de algodão e um barbeador elétrico. O filme é tão engraçado como uma intimação da receita federal.

O detetive Mitch Preston (Robert De Niro) é um cara durão de poucas palavras. Porém em uma investigação acaba disparando um tiro em uma câmera de televisão. A rede de TV para não processar a delegacia de Los Angeles decide, graças a uma ardilosa produtora, Chase Renzi (Rene Russo), que Mitch precisa participar de um reality show sobre a vida de um policial para livrar a sua cara. Claro que o programa não estaria completo sem a participação de um parceiro.

O escolhido é Trey Sellars (Eddie Murphy) um policial que sonha em ser ator de televisão. Aliás a interpretação de Murphy merece destaque ele consegue interpretar um canastrão de maneira canastrona. Fascinante. O melhor do filme fica por contas das piadas de um obeso e idoso William Shatner que ensina os heróis a se portarem como policiais de televisão. Assim, depois de muitas aventuras, o policial durão e o tira engraçadinho conseguem resolver a trama e prender os bandidos. Como bem poderia dizer o bordão do filme... It´s boring time!

J. Tavares

(Showtime, EUA, 2002), Direção: Tom Dey, Elenco: Robert De Niro, Eddie Murphy, Rene Russo, William Shatner , Frankie R. Faison, Duração 104 min.

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