Três Reis

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Se você acredita no sistema, se paga impostos em dia, se sempre vota nos candidatos que estão na frente das pesquisas Três Reis é o seu filme. Apesar de parecer moderninho e descolado é tremendamente conservador. Não foi à toa que fez um relativo sucesso nas bilheterias americanas.

O filme parte de uma boa idéia, mas, como se sabe, de boas intenções Hollywood está cheia. Quatro soldados americanos estão no Iraque depois fim da Guerra do Golfo. De repente em mais uma inspeção rotineira um deles acha um mapa na bunda de um iraquianus, digo, iraquiano. Bom, o mapa revela o esconderijo onde Saddam Hussein guarda o ouro que roubou do Kuwait.

Logo, os quatro heróis armam um plano mirabolante para fugir do acampamento onde estão e pegarem toda a bolada do Tio Saddam, algo em torno de 23 milhões de dólares. Só que em um momento crucial do filme os soldados preferem ajudar o pobre povo iraquiano que se opõe ao ditador do que fugir com a grana fácil sem maiores complicações.

Daí para frente tudo o que se vê é completamente absurdo. Personagens mesquinhos e gananciosos se transformando na madre Teresa de Calcutá. É dose. George Clooney, quem diria, está bem no papel de um major canastrão. Mas em se tratando de três reis é melhor ficar com BB King, Albert King e Freddie King.

J. Tavares

(Three Kings, EUA, 1999), Direção e roteiro: David O. Russell, Elenco: George Clooney, Mark Wahlberg, Ice Cube e Spike Jonze, Duração: 114 minutos.

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