Marcação Cerrada

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Tem certos filmes que facilitam o trabalho do crítico. No caso de Marcação Cerrada, basta apenas dizer que é um filme sobre futebol americano e se trata de uma produção da MTV americana. Está pelada a coruja. Não é preciso mais nada. Para bom entendedor meia palavra já basta.

O que temos aqui é uma combinação mortal: um drama rasteiro sobre adolescentes tendo como pano de fundo futebol americano. James Van Der Beek, astro da série Dawnson’s ‘Creep’ —, musa do diretor Kevin "libélula esvoaçante "Williamson— é Jonathan Moxon um adolescente americano babaca que se torna ídolo do time de futebol de uma cidadezinha do interior dos Estados. A história é recheada de clichês edificantes bem ao gosto do público americano. Tudo nesse filme é caricato e insípido, dos personagens ao roteiro nada funciona. Não sei porque vendo "Marcação Cerrada" me lembrei da série "Um Amor de Família"(Married With Children). Jonathan é uma espécie de Al "quatro touchdowns em um jogo"Bundy, que se leva a sério. Mas tem a profundidade de um comercial de refrigerante. Moxon, como quase tudo nesse filme, tem de maneira inexorável o "L" de loser carimbado na testa.

Para piorar as coisas Marcação Cerrada se arrasta por intermináveis duas horas de duração. Onde a falta de assunto e o tédio imperam. Chega a ser constrangedor.

Saulo Gomes

P.S.: Algum deputado, sem mais nada o que fazer— e eles não fazem muito mesmo— deveria criar uma lei que proibisse filmes de Football americano e baseball no Brasil. Não se perderia nada, muito pelo contrário.

( Varsity Blues, EUA, 1999) Direção: Brian Robbins. Elenco: James Van Der Beek, Jon Voight, Paul Walker, Ali larter, Ron Lester, Ali Larter, Scott Caan, Amy Smart. 120 min.

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