A tragédia do vôo 1907

Se a ZeroZen caiu na Web, um avião caiu no ar. O vôo 1907 da Gol, que saiu de Boa Vista com escala em Manaus, Belém e Brasília e destino ao Rio de Janeiro, acabou sofrendo um acidente tão bizarro quanto estranho. Como resultado 154 pessoas (148 passageiros e seis tripulantes) morreram, no maior acidente aéreo da história da aviação no Brasil.

O Boeing 737-800 teria colidido em pleno vôo com outra aeronave de pequeno porte, modelo Legacy, fabricada pela Embraer. Sim, dois aviões teriam se "chocado em pleno ar". Mesmo que o Zeronauta tenha pouco ou nenhum conhecimento sobre aviação há de convir que existe algo muito mal-explicado nesta história.

Por isso, enviamos nosso informante José da Silva com uma passagem só de ida para o Pará com o intuito de investigar o caso. Duas semanas depois o Silva voltou com um dossiê no qual revelada a sórdida verdade por trás do acidente. Infelizmente, a ZeroZen não tinha R$ 1,7 milhão para pagar pelo dossiê, mas como ele aceita pagamento em cerveja conseguimos chegar em um acordo.

Antes que o curioso Zeronauta saiba toda a verdade sobre o trágico acidente algumas explicações se fazem necessárias. Primeiro, o avião modelo Legacy, de propriedade de uma empresa norte-americana fez contato com a torre de controle de tráfego aéreo de Manaus para avisar do ocorrido e pousou com a asa avariada em um campo de provas da Força Aérea Brasileira, na Serra do Cachimbo, no Pará.

Os pilotos do jato, Joe Lepore e Jan Paladino, são americanos. Junto com eles, na aeronave, estava o jornalista Joe Sharkey do jornal The New York Times. Sharkey, aliás, aproveitou para sair do Brasil o mais rápido possível e passou a esculhambar o governo brasileiro. "Não sei se os pilotos tiveram alguma culpa", acrescentou o repórter. "Talvez a culpa seja do sistema de controle de tráfego aéreo deficiente sobre a Amazônia, que é um fato bem conhecido na aviação."

Em entrevistas anteriores, Sharkey já havia criticado o controle aéreo brasileiro na região. O comentário despertou a reação dos responsáveis pelo setor, que consideraram as críticas infundadas. Já o The New York Times sugeriu, em reportagem, que o acidente com o vôo 1907 da Gol pode ter sido causado por uma falha num equipamento do avião Legacy, recém-vendido pela Embraer.

O equipamento em questão é um transponder, um rádio receptor-transmissor que envia e recebe sinais, incluindo o tipo de avião e sua altitude, para outros aviões e as torres de controle. As torres têm dois tipos de sistemas para monitorar o tráfego aéreo: um sistema que envia e recebe sinais de rádio, captando os ecos e aeronaves na área e outro que "fala" com os transponders. A reportagem diz que as torres confiam mais no segundo, porque não tem interferências meteorológicas ou de aves. "As duas aeronaves tinham um sistema que escutava os transponders de aviões na área", afirmou o jornal.

Autoridades brasileiras, porém, levantaram a hipótese de que os pilotos americanos teriam desligado os equipamentos anticolisão da aeronave no momento do acidente. Pior ainda, eles estariam voando fora de rota a 37 mil pés, quando deveriam estar voando a 36 mil pés. A dupla de pilotos nega responsabilidade pelo acidente.

Bem, com essa troca de acusações nunca haveria uma solução para o caso? Não, caro Zeronauta. A verdade novamente estava em pequenas pistas ignoradas pela tacanha mídia nacional. O fato é que a queda do vôo 1907 foi um atentado terrorista. Antes que o paranóico zeronauta pegue o pára-quedas e salte pela janela é preciso explicar alguns detalhes.

Antes de mais nada é preciso deixar claro que nem a Al-Qaeda nem Osama Bin Laden tem algo a ver com o acidente. Apesar disso, a resposta para o enigma começa em 11 de setembro de 2001. Os EUA viram o World Trade Center vir abaixo depois que dois aviões atingiram as torres gêmeas. Tal ação levou o Tio Sam a procurar alternativas para que nunca mais algo semelhante ocorresse em solo norte americano.

Logo ficou claro que uma alternativa viável em caso do seqüestro de um avião seria derrubar a aeronave. Porém, isso condenaria todos passageiros a um terrível fim. Mesmo com a morte dos terroristas, a opinião pública jamais iria aceitar este tipo de ação. Era preciso pensar em uma alternativa tão inteligente quanto fatal.

Então, os Estados Unidos que tem um presidente capaz de declarar guerra ao espaço sideral, bolou uma arma definitiva: avião legacy!! Sim, os pilotos norte-americanos derrubaram o avião. Porém, só estavam cumprindo ordens de George W. Bush!! Ele treinou secretamente pilotos para derrubarem Boeings em "inocentes" acidentes aéreos.

Por isso, os pilotos tomaram atitudes estranhas como desligar o transponder ou sair da rota programada. Bush, que não é bobo, mandou seus soldados derrubarem um avião na América Latina longe da vigilância da opinião pública dos EUA. Rapidamente, um jornalista coloca a culpa no deficiente sistema áereo brasileiro. Depois de algum tempo tudo cai no esquecimento.

Note que o jato Legacy foi pilotado com extrema precisão. Ele acertou o Boeing no único ponto em que a aeronave era vulnerável. Para Bush e seus asseclas, a morte dos passageiros não passa de baixas aceitáveis, plenamente justificadas em tempos de guerra. Agora, os EUA estão seguros. Se, por acaso, outro avião for seqüestrado, basta pegar um pequeno jato, selecionar um piloto treinado e derrubar a ameaça em um "estranho e bizarro" acidente.

Fofox Murder

A verdade está lá fora tomando Vodka comprando passagens na rodoviária mais próxima

Considerações Finais

1- No fórum do Airliners.net um membro imaginou se haveria alguma ligação, afinal o Boeing 737-800 da Gol foi produzido pela Boeing, uma empresa americana, e entregue dia 11 de Setembro a uma empresa brasileira, um país de maioria católica e que apóia as declarações do Papa contra o Islã. Uma bomba programada para explodir quando os dois aviões estivessem próximos daria uma lição aos infiéis, tanto os fabricantes do Boeing quanto os americanos a bordo do Legacy. Eis uma informação perfeita para confundir e esconder a verdadeira conspiração...

2- No mesmo fórum alguém sugeriu que a TAM e a Varig deveriam ser investigadas, pois ambas perderam muito mercado para a Gol, e lucrariam com uma perda de credibilidade por parte desta. De novo, a turma de Bush tenta afastar a verdade da imprensa.

3- Um dos passageiros do avião da Gol era um executivo da Bombardier, principal concorrente da Embraer, fabricante do Legacy. Para completar, alguns modelos de grande porte da empresa de São José dos Campos competem com a Boeing. Juntaram os pontos?

4- Algum interesse misterioso teria motivado a destruição do avião da Gol, talvez para beneficiar algum candidato. Bem, isso poderia ser obra do PCC, mas aí já é outra conspiração.

O texto acima é uma obra de ficção e qualquer coincidência com pessoas ou terceiros é meramente acidental ou usada como forma de paródia.