A vitória previsível do Grêmio contra o Estudiantes

O Grêmio segue vivo na Libertadores. Venceu o Estudiantes, em La Plata, com um jogador a menos, por 1 a 0. Sim, foi um daqueles jogos típicos da maior competição sul-americana. Por isso, a crônica esportiva, de um modo geral, não poupou adjetivos para definir a vitória do tricolor. Foi um triunfo épico, antológico, incrível, extraordinário. Mas para a ZeroZen foi uma vitória previsível...

Claro que o atilado leitor dessa impoluta coluna deve estar espantado com o excesso de confiança. Mas calma. O motivo de tanta certeza é simples. A educação na Argentina não é mais uma prioridade essencial. Tanto que eles elegeram o Javier Milei. Ou seja, os Estudiantes não são mais tão inteligentes assim...

O Grêmio que não tem nada a ver com a crise da educação argentina fez o certo. Conseguiu uma vitória essencial para continuar sonhando com uma vaga na próxima fase. Mas ainda é preciso ficar atento ao resultado entre Huachipato e The Strongest.

De qualquer forma, a partida foi equilibrada. No primeiro tempo, o Estudiantes mostrou, por exemplo, que é um time muito superior ao Huachipato. Mas a equipe treinada por Renato Portaluppi soube superar a pressão. Só que aos 33 minutos começou o drama. Geromel deslocou o ombro esquerdo e teve de deixar o campo para a entrada de Rodrigo Ely. Apesar do desfalque o tricolor segurou o empate.

A segunda etapa voltou eletrizante. O Estudiantes quase marcou aos seis minutos, mas Marchesín fez uma grande defesa. Aos 11 minutos, Cristaldo, dentro da área, emendou um voleio com estilo. Seria um golaço. Mas a bola explodiu no travessão.

Porém, o sofrimento gremista estava longe de terminar. Aos 20 minutos, Villasanti fez uma falta no meio de campo. Não foi violenta, mas era para cartão amarelo. O problema é que o jogador já tinha recebido o primeiro amarelo no final do primeiro tempo. Resultado? Villasanti foi expulso. Renato, para não perder o meio de campo, optou pela entrada de Dodi. Uma substituição natural e previsível. Mas essa mudança não foi decisiva para o resultado.

O técnico gremista acertou ao ver o óbvio. Colocou Nathan Fernandes e Gustavo Nunes para dar velocidade ao time. Funcionou bem demais. Aos 31 minutos, em contra-ataque, Gustavo Nunes recebeu pela esquerda. Avançou como se fosse um bólido e cruzou. Nathan Fernandes - que também correu uma barbaridade - apareceu livre para tocar para o fundo da rede: 1 a 0.

Algum leitor mais ingênuo pode pensar que o sofrimento gremista acabou neste momento. Ledo engano. Os minutos finais foram de pressão do Estudiantes. Foi um massacre. Para deixar tudo ainda mais tenso, Carrillo marcou um gol. Contudo, o VAR entrou em ação e depois de uma eternidade anulou a jogada por conta de um impedimento.

Apesar da vitória previsível do Grêmio, a equipe treinada precisa de mais vitórias e de alguns resultados paralelos. O ideal seria chegar aos 12 pontos, contudo é uma tarefa inglória. Mas quem vence o Estudiantes em La Plata com um jogador a menos ganha pelo menos o direito de sonhar...

Jarbas Schier