Persona 3 The Movie

Ok. Vamos por partes, exatamente, como esse “filme”. Primeiro: isso é uma animação, não um filme. É dividido em quatro longas partes. São mais de quatro horas! E conta a estória de Persona 3 tin por tin e ainda entra em detalhes. Segundo: usar as batalhas por turnos, como no jogo, como cenas de ação talvez não tenha sido uma boa ideia.

Esses são os quatro “filmes”:

1_ Spring of Birth (Primavera do Nascimento) (2013) – O começo, quase exatamente como no jogo. Nada de novo ou revelador aqui. Parece que a idéia era apresentar alguns personagens de melhor maneira do que no jogo. Como Fuuka Yamagishi, por exemplo.

2_ Midsummer Knight's Dream (O Sonho de Verão do Cavaleiro) (2014) – Começa naquela viagem de verão para Nagashima, como no jogo. Mas as coisas mudam rapidamente: são introduzidos de uma sentada só: AIGIS, Shinjiro, os patetas da Strega e ainda Koromaru e Ken Amada. No jogo só AIGIS era apresentada nessa viagem. Muitas mudanças na narrativa. Nenhuma relevante ou digna de nota.

3_ Falling Down (Caindo) (2015) – Esse, na verdade, deveria ter sido chamado: o outono do aborrecimento. Chegamos naquela parte da estória em que você descobre que estava fazendo tudo errado.* spoiler alert* Você não deveria estar matando os doze “shadows”. Surge Ryoji, outro que não vai durar muito. Depois disso Jumpei e Chidori tem seu “romance”, sem benefícios para ninguém. Especialmente o telespectador. Mais um monte de personagens secundários morrem, Atlus style.

4_ Winter of Rebirth (Inverno do Renascimento) (2016) – O fim de tudo. Mais para “O Inverno da Depressão”. Mas estamos divagando. Temos a luta com Nix e tudo mais. O final não é surpreendente como no jogo. O que era, no mínimo, previsível. Afinal se você jogou o jogo já sabe o que realmente acontece.

O personagem principal, Makoto, sim, ele agora tem nome. Tem um perfil mais “dark” ou que parece, pelo menos, no início. Não estar ligando a mínima para o que está acontecendo. Meio ZeroZen.

Como Persona 3 era um RPG, você podia seguir o perfil que quisesse no jogo. Sim, nem vamos fazer piadas dizendo que ele tinha outro por dentro. Na verdade, duas personas por dentro! O “cara” era especial.

Saulo Gomes