NÃO INTERESSA A NINGUÉM, MAS...

A Justiça chega enfim ao mundo cão

Um homem foi processado pelo próprio cachorro no Paraná. Será que o caso foi parar na vara criminau-au-au? Enfim, o fato é que a Justiça chegou ao mundo cão. Para deixar tudo ainda mais estranho, o homem fez um acordo com o Ministério Público do Paraná. O caso aconteceu em Ponta Grossa.

Mas verdade seja dita, o ex-tutor (que tem 25 anos de idade) mereceu ser processado. Vale notar que a Justiça brasileira não acredita nessa imbecilidade de "pai de pet". A classificação correta é tutor. De qualquer maneira, o cachorro Tokinho processou o homem por maus tratos. Ele foi representado pela advogada Isabella Godoy Danesi, junto à ONG Grupo Fauna de Proteção aos Animais.

Por que isso aconteceu? Imagens registraram que Tokinho era constantemente agredido a pauladas. Por conta dessa violência, o cachorro passou por problemas de locomoção, comportamento e traumas. Precisou, inclusive, de muita ajuda psicãológica. Porém, já foi adotado por outra família.

O animal foi amparado pela ONG Grupo Fauna. A instituição pede R$ 5 mil para cobrir os gastos com alimentação, vacinação, vermífugo, ração e manutenção de Tokinho. Além disso, quer receber também R$ 1,5 mil como reembolso do que foi pago com exames, consultas e medicação para o animal se reabilitar das agressões.

Apesar da repercussão do caso, o homem não irá responder criminalmente pelas agressões. Isso porque firmou um acordo com o Ministério Público do Paraná. Advogada vai recorrer da decisão. Ela acredita que faltou cãociência na hora de tomar a decisão. O ex-tutor do cão ainda responde por danos morais.

Em tempo, o MP esclareceu, em nota, que a legislação não proíbe o acordo. Ou seja, foi tudo dentro da lei e não houve cachorrada nenhuma. Tokinho foi procurado pela redação da ZeroZen e declarou apenas: "au-au"...

Da Equipe de Articulistas