Cilada

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Antes de mais nada é preciso esclarecer uma coisa. O filme estrelado por Wesley Snipes não tem nada, mas nada mesmo, a ver com o mais antigo Tratado Militar de que se tem notícia: A Arte da Guerra (The Art of War, do título original), escrito pelo chinês Sun Tzu. O filósofo e estrategista é citado em duas ou três frases e olhe lá. Para quem não sabe coisas como "Conhece teu inimigo como a ti mesmo" e A rapidez é a seiva da guerra" são máximas de Sun Tzu.

Mas então sobre o que se trata A Cilada? No filme Wesley Snipes é Neil Shaw um agente ultra-mega-secreto que trabalha para uma organização filiada a ONU, que está interessada em fechar um acordo comercial com a China. Custe o que custar. Neil vai visitar o pessoal fã do Mao-Tsé-Tung e já aproveita para roubar alguns documentos importantes para o governo americano fazer chantagem. Consegue fugir, mas é atingido por tiros. Depois de pensar um pouco resolve largar este tipo de vida.

Nem precisa dizer que a tal agência secreta o chama para um último serviço, só que as coisas saem errado e o embaixador chinês é assassinado. Neil, lógico, é acusado do crime e vai ter de lutar para provar sua inocência. Para não ficar a luta do exército de um homem só Neil vai contar com a ajuda da fagocitável Marie Matiko uma tradutora das Nações Unidas. Em suma, é a mesma história de sempre.

O problema maior de A Cilada além do roteiro pífio, que poderia ser escrito em uma tarde por estudantes de 13 anos, são as cenas de ação. Tudo é mal filmado e deprimente. A ruindade do elenco chega a ser comovedora. Sun Tzu se ainda estivesse vivo provavelmente condenaria todo mundo ao paredão de fuzilamento. No restante, o título brasileiro já diz tudo. Cilada é assistir a uma bomba deste tamanho.

J. Tavares

(The Art of War, EUA, 2000), Direção: Christian Duguay, Elenco: Wesley Snipes, Marie Matiko, Anne Archer, Maury Chaykin, Cary-Hiroykui Tagawa, Donald Sutherland, James Hong. Duração 114 min.

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