O Conde de Monte Cristo

Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas é uma grande obra da literatura. Nada a contestar. Porém nem tudo o que Dumas escreveu tem qualidade. O Conde de Monte Cristo, por exemplo, é uma bobagem folhetinesca. As versões para a tela grande da obra sempre acabaram levando do nada ao lugar nenhum. Por isso fica difícil acreditar que o diretor Kevin Reynolds tivesse algo de novo acrescentar ao gênero de capa-e-espada.

O jovem marinheiro Edmond Dantes (Jim Caviezel) é uma pessoa simplória que deseja apenas casar com a bela Mercedes (Dagmara Dominczyk). Porém seu melhor amigo, o ardiloso Fernand Mondego (Guy Pearce), quer Mercedes somente para si. O que faz ele então? Compra flores? Jóias? Ou uma carruagem do ano? Nada disso. Fernand resolve tirar Edmond do páreo. Com a sutileza de um mamute manda seu amigo para a cadeia.

Edmond vai parar em um presídio na ilha Chateau D'If. Lá vira saco de pancada de implacáveis carcereiros. Ele caminha a passos largos para enlouquecer e morrer esquecido até que acaba conhecendo outro colega de infortúnio Abbe Faria (Richard Harris). Abbe tem um plano infalível para fugir da prisão e, como se isso não fosse suficiente, ainda sabe a localização de um tesouro secreto.

Logo, Edmond está livre e cheio da grana. Em seu lugar surge então o misterioso Conde de Monde Cristo. Ele aproveita para ver como estão as coisas com Mercedes e se vingar de quem o levou à prisão. Claro que sua paixão agora está casada com Fernand. Ou seja... rei morto, rei posto. Nada disso, porém vai impedir que Edmond consume a sua vingança particular. Moral da história? Não se fazem mais filmes de capa-e-espada como antigamente.

J. Tavares

(The Count of Monte Cristo, EUA, 2002), Direção: Kevin Reynolds, Elenco: Jim Caviezel, Guy Pearce, Dagmara Dominczyk, Richard Harris, Luis Guzman, James Frain, Henry Cavill, Albie Woodington, Michael Wincott, Alex Norton, Duração: 122 min.

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