Os Cavaleiros Do Zodiaco – Saint Seiya: O Começo

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Os Cavaleiros do Zodíaco - Saint Seiya: O Começo é ruim. Mentira. É absurdamente ruim. Na verdade, é tão mal-feito e repleto de momentos bizarros e constrangedores que deveria se chamar Os Cavaleiros do Zodíaco - Saint Seiya: O Fim. Essa franquia já nasceu morta e enterrada.

O único parâmetro de comparação para tanta falta de noção seria Dragon Ball Evolution (2009). De novo, Hollywood faz a mesma tentativa de condensar mais de 200 horas de história em 2 horas de filme. Não tem como dar certo. Aliás, o roteirista certamente apoia a greve da categoria, pois escreveu algo que qualquer inteligência artificial teria vergonha de apresentar como resultado.

A trama começa acompanhando Seiya (J.J. Jr. Mackenyu), um lutador muito habilidoso que participa de competições por dinheiro. Poderia ser facilmente confundido com o começo de uma adaptação do Street Fighter? Sim. Poderia ter um pouco mais de interesse? Não. É tudo muito previsível e banal.

De qualquer forma, as habilidades de Seiya chamam a atenção do magnata Alman Kido (Sean Bean). No meio de uma luta brutal, na qual o herói parece mais interessado em evitar ser atingido do que propriamente brigar, acontece um imprevisto. Seiya descobre que tem poderes.

A partir daí, passa a ser perseguido por uma organização estranha. O milionário explica para Seiya que ele precisa proteger sua filha, Sienna (Madison Iseman). Por quê? Bem, ela é a reencarnação da deusa Athena. Se ela fosse a reencarnação do Kratos, ele é quem precisaria de proteção Enfim, para conseguir realizar essa tarefa Seiya precisa treinar seus novos poderes.

Então, Seiya parte em busca de Marin (Caitlin Hutson). A Amazona de Prata passa a explicar sobre o Cosmo. Toda a questão sobre essa energia quase metafísica existente em todo o universo é importante. Parece que vai ser algo fundamental para a vitória. Mas o roteiro simplesmente ignora essa parte já que Seiya parte para a ação sem ter atingido o mínimo de preparo. Aliás, o único que sabe lutar nessa história é Mylock (Mark Dacascos), uma espécie de serviçal de Kiddo.

Para piorar as coisas, a vilã Guraad (Famke Janssen) é uma personagem completamente ridícula. Não acrescenta nada. A ideia da organização do mal é risível. A tensão entre ela e Kiddo é igual a chance do Internacional ganhar um título em 2023. Simplesmente não existe.

O desastre não para por aí. Nos desenhos animados,já nos primeiros episódios o quinteto principal de cavaleiros de bronze – Seiya, Shun, Shiryu, Hyoga e Ikki – é apresentado. O filme foca somente no cavaleiro de Pégaso. Aliás, tenta criar uma rivalidade entre Seiya e Ikki de Fênix (Diego Tinoco). Mas tudo é conduzido da forma mais tosca possível.

O filme foi um fracasso monumental. No primeiro final de semana faturou somente US$ 556 mil, de acordo com o Box Office Mojo. O detalhe é que os estúdios investiram cerca de US$ 60 milhões na adaptação do mangá. Mesmo assim, o final dá margem para continuação. Mas nesse caso qualquer horóscopo vagabundo faz uma previsão: essa história não tem o menor futuro...

J. Tavares

(Knights Of The Zodiac, EUA, 2023), Direção: Tomasz Baginski, Elenco: J.J. Jr. Mackenyu, Mark Dacascos, Famke Janssen, Sean Bean, Madison Iseman, Nick Stahl, Mackenyu, Diego Tinoco, David Torok, Duração: 112 min.

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